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Estado de Minas

Governo decide comprar avi�es suecos

Ministro da Defesa anuncia compra de 36 aeronaves por US$ 4,5 bilh�es. Decis�o, que se arrastava desde 2001, surpreendeu e imp�e derrota aos modelos franc�s e norte-americano


postado em 19/12/2013 06:00 / atualizado em 19/12/2013 07:11

O ministro da Defesa, Celso Amorim, confirmou nesta quarta-feira 18, que o governo escolheu o caça sueco Gripen para o projeto FX-2(foto: AFP PHOTO/SAAB AEROSYSTEMS)
O ministro da Defesa, Celso Amorim, confirmou nesta quarta-feira 18, que o governo escolheu o ca�a sueco Gripen para o projeto FX-2 (foto: AFP PHOTO/SAAB AEROSYSTEMS)

Depois de 12 anos do in�cio da sele��o de empresas para renova��o da frota de ca�as destinada � prote��o do espa�o a�reo brasileiro, o governo anunciou que comprar� 36 Gripen NG da empresa sueca Saab por US$ 4,5 bilh�es. Com isso, come�am as negocia��es, que podem levar at� um ano, para ser fechado o contrato comercial e de suporte log�stico do Programa FX-2, da For�a A�rea Brasileira (FAB). De acordo com o ministro da Defesa, Celso Amorim, pelo cronograma, s� 48 meses depois da assinatura come�am a chegar os primeiros avi�es. “Em breve teremos avi�es � altura da necessidade da defesa do pa�s, mas isso ainda levar� um tempo na discuss�o do contrato”, pontuou.


O pagamento ser� feito de acordo com um cronograma que se estende at� 2023. A inten��o do comandante da FAB, tenente-brigadeiro Juniti Saito, no entanto, � que o Brasil pechinche ao m�ximo para tentar reduzir o valor. A expectativa dele � de que o pa�s receba 12 ca�as por ano.

Al�m dos supers�nicos, o contrato dever� abranger contrapartidas comerciais, treinamento de pilotos e mec�nicos, aquisi��o de simulares de voo e a log�stica inicial. Ao fim do processo, o pa�s ser� dono da tecnologia usada na composi��o do avi�o. Esse foi um dos pr�-requisitos levados em conta na escolha da empresa vencedora. “Sabemos que a transfer�ncia de tecnologia � algo demorado, implica garantias contratuais de que aquilo que foi ofertado efetivamente ocorrer�”, ressalta.

Amorim explica que, mesmo que algumas partes da aeronave sejam produzidas por pa�ses como os Estados Unidos, a base do tecnologia ser� brasileira. Cerca de 80% da aeronave ser� constru�da em solo nacional e em parceria com a Embraer. “N�o h� pretens�o de fabricar todas as pe�as no Brasil”, disse. O importante, segundo ele, � que o conhecimento seja transferido principalmente na abertura do c�digo-fonte de armas, que permite a inclus�o de arsenal brasileiro, e que o pa�s seja capaz de passar para as pr�ximas gera��es.

De acordo com o ministro, tamb�m foram analisados a performance e o custo. A Saab concorria com a empresa francesa Dassault, fabricante do Rafale F3, e a americana Boeing, com o F/A-18E Super Hornet. A pol�mica sobre a compra de ca�as para moderniza��o da FAB iniciou em 2001, no governo FHC, e continuou no governo Lula. Em 2009, durante visita do ent�o presidente franc�s Nicolas Sarkozy, o ca�a Rafale foi anunciado como o escolhido pelo presidente Lula, mas o governo brasileiro recuou ap�s a insatisfa��o da FAB, que n�o havia sido consultada sobre a decis�o.

Ao ser questionado quem ficou em segundo e terceiro lugar na disputa Amorim desconversou e disse que interessa apenas que os suecos venceram com a melhor proposta. “� que nem Oscar: ganhou ou n�o ganhou. N�o me interessa saber quem ficou em segundo e terceiro”, afirmou o ministro, se recusando a dizer qual foi a coloca��o das propostas dos EUA e da Fran�a.

Embora o governo tenha escolhido o avi�o menos testado, o Minist�rio da Defesa argumenta que outros pa�ses, como a Hungria e a �frica do Sul, operam com o Gripen. Essa aeronave de guerra ser� respons�vel pela prote��o do espa�o a�reo brasileiro pelos pr�ximos 30 anos, capaz de detectar, interceptar, al�m de portar armamento. Enquanto os novos avi�es n�o chegam, a defesa fica a cargo dos ca�as F5-M. No dia 31, os 12 ca�as Mirage 2000 que hoje fazem esse trabalho ser�o aposentados.

Entenda o caso

Em 2001, o governo FHC abriu o programa F-X para substituir os ca�as de intercepta��o da For�a A�rea Brasileira (FAB). O Mirage-2000, franc�s, o Sukhoi-35, russo, e o Gripen, sueco disputavam a prefer�ncia.

 Ap�s Lula assumir em 2003, o processo foi congelado e, depois, encerrado. Foi reaberto como F-X2 para a compra de 36 ca�as supers�nicos com capacidade m�ltipla (intercepta��o, combate e ataque a solo), 28 de um pa�s e oito de dois, para substituir gradualmente todos os modelos em opera��o (Mirage, F-5, AMX). Foram escolhidos o Gripen, o Rafale (Fran�a) e o F-18 (EUA). Os russos ficaram de fora.

Em 2009, um relat�rio t�cnico da FAB deu prefer�ncia ao Gripen. O ex-presidente Lula, contudo, chegou a anunciar que o Rafale havia vencido. Ele recuou depois e o processo parou novamente.

Com a posse de Dilma, em 2011, o processo foi retomado e o F-18 americano tornou-se favorito. S� que as den�ncias de espionagem americana contra o governo do Brasil interromperam as negocia��es.

 


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