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Estado de Minas

Presidente da Fran�a diz que Brasil queria avi�o menos sofisticado

Os coment�rios foram os primeiros feitos pelo chefe de Estado depois da decep��o da perda do contrato, avaliado em cerca de US$ 4,5 bilh�es para o vencedor, a sueca Saab


postado em 19/12/2013 19:32 / atualizado em 19/12/2013 20:12

Um dia depois de ser informado de que n�o seria contemplado pelo contrato de compra de 36 avi�es de ca�a para a For�a A�rea Brasileira (FAB), o governo da Fran�a afirmou que o Brasil "queria um avi�o menos sofisticado e mais barato". A declara��o foi feita pelo presidente Fran�ois Hollande, e referia-se � escolha dos avi�es Saab Gripen NG em lugar do Dassault Rafale e do Boeing F-18.

Os coment�rios foram os primeiros feitos pelo chefe de Estado depois da decep��o da perda do contrato, avaliado em cerca de US$ 4,5 bilh�es para o vencedor, a sueca Saab. "Eu esperava por isso h� v�rios meses", disse Hollande, argumentando: "Na verdade o Brasil queria um avi�o menos sofisticado e, portanto, mais barato, e n�o necessariamente para usar logo em seguida". "A partir disso, o Rafale n�o poderia estar bem posicionado, mesmo sendo um avi�o muito bom."

A Fran�a ainda negocia com exclusividade - sem concorr�ncia - a venda de seus ca�as para a �ndia, em um contrato maior do que o brasileiro: 126 avi�es e transfer�ncia de tecnologia irrestrita por US$ 15 bilh�es. "Para que os Rafale fiquem mais baratos, � preciso que sejam vendidos", ponderou o presidente, reconhecendo que o pre�o do aparelho era mais alto do que o dos concorrentes.

Na mesma linha, o ministro da Defesa da Fran�a, Jean-Yves Le Drian, relativizou a perda para a ind�stria aeron�utica do pa�s. "O Brasil n�o era nosso alvo priorit�rio", assegurou, reafirmando que o Rafale n�o era mais o favorito na disputa pelo FX-2 com a Boeing e a Saab.

A escolha do governo brasileiro repercutiu muito na Fran�a, nesta quinta-feira, 19, porque o neg�cio chegou a ser considerado fechado em 7 de Setembro de 2010, quando os ent�o presidentes Luiz In�cio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy anunciaram, em comunicado conjunto divulgado em Bras�lia, que os dois pa�ses negociariam em separado o contrato.

Parceria

Um dos respons�veis pela aproxima��o dos dois pa�ses ao longo dos �ltimos anos, o embaixador do Brasil em Paris, Jos� Maur�cio Bustani, disse ao Estado que a Parceria Estrat�gica entre os dois pa�ses n�o foi abalada pela decis�o do governo brasileiro. "As parcerias que est�o em vigor est�o caminhando lindamente, inclusive a constru��o dos submarinos e a dos helic�pteros pela Eurocopter no Brasil", assegurou.

Bustani desmentiu ainda os rumores de que haja problemas na constru��o dos submarinos pelo estaleiro franc�s DCNS, parceiro da Odebrecht no Brasil em um contrato de US$ 10 bilh�es - duas vezes mais do que o valor dos ca�as - ou com os helic�pteros Super Cougar, da Eurocopter, j� adquiridos pelo governo brasileiro.

Apesar do simbolismo da perda do contrato do Rafale, lembra o diplomata, novos acordos foram firmados quando da visita de Hollande a Bras�lia na semana passada, entre os quais a aquisi��o de um supercomputador do grupo Bull - que ser� instalado em Petr�polis e no Rio de Janeiro - e de transfer�ncia de tecnologia para a constru��o do sat�lite geoestacion�rio brasileiro, em um contrato com a Thales Alenia Space.


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