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Estado de Minas

Enquanto novos ca�as n�o chegam, Brasil negocia com Su�cia emprestimo de avi�es

Com a sa�da de cena dos Mirage-2000, pa�s quer emprestado de seis a 12 avi�es


20/12/2013 06:00 - atualizado 20/12/2013 08:24

Ministro Celso Amorim: pelo contrato, Brasil não terá de pagar royalties no futuro
Ministro Celso Amorim: pelo contrato, Brasil n�o ter� de pagar royalties no futuro (foto: Ueslei Marcelino/Reuters)

O Brasil vai pedir � empresa sueca Saab, fabricante dos futuros ca�as da For�a A�rea Brasileira (FAB), que sejam emprestados de seis a 12 avi�es enquanto os novos modelos n�o chegam. O “tamp�o” seria um Gripen da gera��o atual, o modelo C/D. O Brasil anunciou na quarta-feira que vai comprar, por US$ 4,5 bilh�es, 36 Gripens NG, a nova gera��o do avi�o. O problema � que as aeronaves s� come�am a chegar, se o contrato for assinado at� o fim de 2014, em algum momento de 2016. Enquanto isso, o Brasil s� ter� � sua disposi��o para defesa a�rea antigos ca�as F-5 modernizados, j� que os Mirage-2000 em uso atualmente ser�o desativados no dia 31.

Os Mirage, 12 ao total, j� eram uma solu��o provis�ria encontrada pela FAB em 2005, quando foram aposentados os antigos Mirage-IIIEBR, com mais de 30 anos de uso. Usados, tiveram sua vida �til esticada ao m�ximo. Em 2005, os suecos chegaram a oferecer Gripens usados como “tamp�o”, ent�o a expectativa � de que o pedido do Brasil seja aceito.

Os F-5 ter�o de ser remanejados para An�polis, onde fica o Grupo de Defesa A�rea, respons�vel por proteger Bras�lia de amea�as. O contingente que ficar� na cidade goiana ser� m�nimo: seis pilotos, um major e cinco capit�es, para manter a unidade e cumprir horas de voo nos F-5. Hoje h� 46 desses avi�es, que foram modernizados pela Embraer e contam com computadores atuais, mas n�o foram desenhados como interceptadores, e sim para combate a�reo. O pr�ximo ca�a da FAB ter� a miss�o de unificar as capacidades dos modelos existentes hoje. Ou seja, fazer intercepta��o como os Mirage, combate t�tico como os F-5, al�m de ataque a solo.

CR�TICAS Um dia depois de ser informado de que seu pa�s n�o seria contemplado pelo contrato de compra dos ca�as para a FAB, o presidente da Fran�a, Fran�ois Hollande, afirmou que o Brasil “queria um avi�o menos sofisticado e mais barato”. “Optaram por outro, � sua responsabilidade”, criticou o ministro da Defesa franc�s, Jean-Yves Le Drian. J� a Boeing disse que a decis�o � “decepcionante” e que gostaria de compreend�-la. Na outra ponta, as a��es da Saad, empresa respons�vel pela produ��o dos Gripens NG, teve a maior alta em cinco anos na Bolsa de Estocolmo: 30%.

Especialistas do setor consideram acertada a escolha do governo, mas veem um defeito: o raio de alcance do Gripen � limitado, principalmente pelo fato de o Brasil ter dimens�es continentais. O ca�a consegue voar somente 1,3 mil quil�metros sem precisar ser reabastecido. “O Gripen anterior tinha raio de atua��o muito pequeno, de 800km. Isso � perfeito para pa�ses como a Su�cia, a �frica do Sul e a Rep�blica Tcheca, por exemplo, mas n�o para o Brasil”, diz Gunter Grudzit, especialista em seguran�a internacional e professor de rela��es internacionais da Faculdade Rio Branco, de S�o Paulo.

Pelo que o ministro da Defesa, Celso Amorim, disse na quarta-feira, as patentes dos itens fechados nos contratos ser�o repassadas �s empresas brasileiras. Isso far� com que o Brasil n�o tenha de pagar royalties no futuro. “Isso � fant�stico para a Embraer desenvolver por aqui”, comenta Grudzit. (Com ag�ncias)

Repercuss�o pelo mundo

The New York Times
» O jornal relata a escolha dos ca�as suecos em detrimentos dos americanos como uma “decep��o” para a Boeing. O NYT lembra que a decis�o brasileira ocorre “em um momento de crescente tens�o entre os Estados Unidos e o Brasil” devido �s revela��es de espionagem por parte da Ag�ncia de Seguran�a dos EUA a chefes de Estado pelo mundo, incluindo a presidente Dilma Rousseff.

El Pa�s
» O peri�dico espanhol escreve que a negocia��o brasileira ocorreu em meio a uma “grande press�o” dos pa�ses que gostariam de vender seus ca�as ao governo Dilma. O jornal avalia que os Estados Unidos eram os mais cotados na concorr�ncia, mas que a rela��o “ficou manchada ap�s a descoberta que o pa�s de Barack Obama estava espionando o governo brasileiro”.

Affarsvarlden
» O jornal sueco afirma que a empresa Saab foi a vencedora da Bolsa de Estocolmo “ap�s levar para casa a aquisi��o brasileira de avi�es de ca�a”. As a��es da Saab subiram 30%. O chefe da aeron�utica da empresa, Lennart Sindahl, afirmou ao jornal que o Brasil fez uma avalia��o completa ao escolher os Gripens. Ele acredita que com a decis�o a marca se fortalece em outros mercados pelo mundo.

Le Monde
» O jornal franc�s chama a aten��o para o fato de que o governo do pa�s ainda espera negociar a venda dos Rafales � �ndia e ao Catar, que devem anunciar os seus neg�cios em 2014. O ministro da Defesa da Fran�a, Yves Le Drian, declarou que “o Brasil n�o foi o nosso principal alvo”. Drian disse haver “boas raz�es para acreditar que nos dois pa�ses, em breve, haver� bons resultados”.


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