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Estado de Minas

Detentos da Papuda reclamam de privil�gios dados aos condenados do mensal�o

Detentos que deixaram o pres�dio para passar o Natal com a fam�lia dizem que os condenados da A��o Penal 470 s�o "bem tratadinhos" e recebem visitas na �rea administrativa


postado em 25/12/2013 06:00 / atualizado em 25/12/2013 09:37

Primeira leva de presos deixa o Complexo Penitenciário da Papuda. Pelas regras da Justiça, eles precisam retornar até as 10h de amanhã(foto: Carlos Vieira/CB/D.A PRESS)
Primeira leva de presos deixa o Complexo Penitenci�rio da Papuda. Pelas regras da Justi�a, eles precisam retornar at� as 10h de amanh� (foto: Carlos Vieira/CB/D.A PRESS)

Bras�lia –
Os presos beneficiados pelo “said�o” de Natal, que cumprem pena no Complexo Penitenci�rio da Papuda, em Bras�lia, reclamaram que, diferentemente dos demais detentos, os condenados do mensal�o recebem visitas na �rea administrativa da cadeia e “s�o bem tratadinhos”. O primeiro �nibus com os beneficiados saiu �s 9h22 de ontem do pres�dio com destino � Rodovi�ria do Plano Piloto. O clima era de euforia no ve�culo lotado. Uma das primeiras palavras gritadas por um dos detentos foi “feliz Natal” e “o mensal�o t� a�”.

Almir Mendes, de 60 anos, condenado por tr�fico de drogas, informou que ele e outros presos precisaram ser removidos das celas. “Tiraram a gente de umas celas para colocar os presos do mensal�o. N�o encontro o grupo com frequ�ncia, mas j� vi todos a dist�ncia. A visita deles � na administra��o. Eles est�o sendo bem tratadinhos. Os outros s�o numa �rea externa”, afirmou. Ele defendeu que todos os detentos precisam de cuidado. “A pessoa presa tem que ser bem tratada mesmo. A pris�o j� � uma puni��o. Estou muito feliz por poder passar o Natal com minha fam�lia. Tenho certeza de que vou partir para outra. O crime n�o compensa”, disse enquanto esperava o �nibus para visitar a fam�lia em Samambaia.

 Os principais condenados pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensal�o est�o presos na Papuda desde 16 de novembro. Como eles n�o cumpriram o m�nimo de um sexto da pena, n�o t�m direito ao benef�cio de passar o Natal com a fam�lia. “A gente se cruza l� dentro. Ficamos na ala do lado da deles. Mas eu vou falar uma coisa para voc�: n�o gosto dos camaradas. Eles s�o os verdadeiros serial killers do pa�s”, afirmou Jos� Mour�o Farias, de 63, um dos contemplados pela libera��o da penitenci�ria.

Ele preferiu n�o comentar sobre os crimes que teria cometido. Disse apenas que cumpre pena de tr�s anos e tr�s meses. “Agora s� falta um ano”, comemorou, ao ver o filho que o aguardava de carro do lado de fora do complexo. Segundo o detento, a maioria dos presos de sua ala trabalha durante o dia e, por isso, eles t�m pouco contato com os condenados do mensal�o.

Nada de ceia Algumas pessoas que estiveram na porta da Papuda para receber os parentes se decepcionaram ao ver que eles n�o estavam na primeira leva de presos. M�es choraram achando que os filhos n�o viriam mais. Por�m, outros �nibus sa�ram da penitenci�ria. No total, segundo a Secretaria de Seguran�a P�blica, 1.328 presos foram beneficiados no said�o, incluindo 200 mulheres, que deixaram a Penitenci�ria Feminina do Distrito Federal, no Gama, conhecida como Colmeia. “Estou muito feliz com a sa�da do meu irm�o. � o primeiro said�o dele em quatro anos de pris�o. Vamos passar o Natal com a fam�lia”, contou uma irm� que preferiu n�o se identificar.

O primeiro �nibus com 40 presos, todos de branco, chegou � Rodovi�ria do Plano Piloto �s 9h50. Assim que o ve�culo parou, os detentos comemoraram. Muitos gritaram ao descer do coletivo. O �nibus chegou escoltado por duas patrulhas da Pol�cia Civil. Um grupo de policiais militares acompanhou a dispers�o a dist�ncia.

O detento Jorge Muniz, de 33, disse que observa com frequ�ncia condenados do mensal�o que est�o no semiaberto. “Eu vejo sempre eles de longe. N�o tenho muito contato. N�o sei se eles est�o tendo privil�gios”, afirmou. Jorge cumpre pena por assalto e vai passar o Natal com a fam�lia em Samambaia. “O clima l� dentro est� normal como sempre”. A Secretaria de Seguran�a P�blica informou que os presos n�o ter�o direito � ceia de Natal. O card�pio � o de sempre: arroz, feij�o, salada, carne e um suco.


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