A presidente Dilma Rousseff vai repaginar o programa Minha Casa Minha Vida, uma das apostas de sua campanha � reelei��o. Ela planeja ampliar o valor m�ximo do im�vel financiado - que hoje est� em R$ 190 mil - para beneficiar mais uma parcela da classe m�dia. Na terceira fase do programa, a ser lan�ada neste ano eleitoral, a ideia � facilitar a compra da casa pr�pria por jovens casais, principalmente em regi�es metropolitanas. A meta da nova etapa � construir 3 milh�es de moradias at� 2017. At� agora, o Minha Casa Minha Vida j� entregou cerca de 1,4 milh�o das 3,7 milh�es de unidades contratadas desde 2009, quando o programa foi anunciado, ainda no governo Lula.
Dilma procura uma forma de aumentar as faixas de renda dos benefici�rios do Minha Casa Minha Vida - que atualmente v�o de R$ 1,6 mil a R$ 5 mil - , refor�ando a presen�a do plano de habita��o em centros urbanos, como S�o Paulo, Rio e Belo Horizonte.
Disposta a recuperar a popularidade perdida desde os protestos de junho na chamada "nova classe m�dia", a presidente encomendou estudos ao Minist�rio das Cidades e aos bancos p�blicos para p�r o programa de p�. Pesquisas em poder do Pal�cio do Planalto mostram que a imagem da presidente n�o foi totalmente reabilitada entre eleitores com renda de R$ 1.356 a R$ 3.390 (dois a cinco sal�rios m�nimos) nem entre o p�blico jovem, de 16 a 29 anos, e de �reas urbanas. Embora a aprova��o de Dilma tenha melhorado na faixa dos menos escolarizados e mais pobres, em especial no Nordeste, a maioria dos entrevistados ainda pede "mudan�as" e "coisas diferentes".
O Planalto teme novos protestos perto da Copa do Mundo, em junho de 2014, e prepara ant�dotos para evitar manifesta��es de rua contra Dilma, nesse ano eleitoral. Al�m da terceira fase do Minha Casa Minha Vida est�o no radar do governo o refor�o do Mais M�dicos e do Programa Nacional de Acesso ao Ensino T�cnico e Emprego (Pronatec), pelo qual a presidente disse estar "fissurada".
A equipe de Dilma quer evitar que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e o senador A�cio Neves (PSDB), seus prov�veis advers�rios em 2014, capitalizem as insatisfa��es com os servi�os p�blicos. Ao slogan da oposi��o, na linha do "fazer mais e bem feito", ela reage dizendo que � preciso "seguir mudando". "N�s fizemos uma pol�tica de transfer�ncia de renda, uma de valoriza��o do sal�rio m�nimo, uma de aumento de emprego. E o que aconteceu? Criamos uma classe m�dia nova, que hoje quer mais e melhor servi�o. Isso ocorre em qualquer pa�s do mundo", afirmou Dilma em caf� com jornalistas, h� onze dias.