“O nosso desejo � que ela (Marina) seja a vice”, disse o l�der do PSB na C�mara, Beto Albuquerque (RS), um dos principais articuladores pol�ticos de Campos. O deputado nega que haja uma decis�o sobre o quadro paulista, principal foco de tens�o entre os integrantes do PSB e da Rede Sustentabilidade, sigla que Marina tentou criar, mas teve o registro negado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
“Essa n�o � uma decis�o que vai ser tomada de cima para baixo, pelo Campos ou por Marina. � uma decis�o que os diret�rios estaduais v�o tomar”, disse Albuquerque. No dia 17, Campos vai receber no Recife os principais dirigentes do PSB para definir o cronograma de campanha e discutir a situa��o dos palanques estaduais.
Antes de Marina se filiar ao PSB, em outubro, o PSB paulista articulava uma alian�a com os tucanos. � frente das negocia��es estava o presidente estadual da sigla, deputado M�rcio Fran�a. O parlamentar continua defendendo o apoio a Alckmin, mas diz que a posi��o final vai depender do espa�o que a legenda vai ter numa eventual coliga��o. Para Fran�a, se o governador n�o oferecer ao PSB a vaga de vice na chapa, posto para o qual o pr�prio deputado est� cotado, uma nova estrat�gia pode come�ar a ser pensada.
Os aliados de Marina, no entanto, apoiam a tese da candidatura pr�pria, independentemente de qualquer conjuntura. O nome natural para a disputa seria a deputada Luiza Erundina (PSB), que resiste � ideia e tem declarado que pretende concorrer novamente a uma vaga na C�mara.
De acordo com integrantes do PSB, Campos, que havia dado carta branca para Fran�a negociar o apoio a Alckmin, come�ou a emitir sinais de que poderia mudar de ideia depois de uma conversa com Marina no m�s passado, na Bahia. Na ocasi�o, a ex-corregedora nacional de Justi�a Eliana Calmon se filiou � legenda e anunciou que iria concorrer a uma vaga no Senado.
A decis�o de Marina de antecipar o an�ncio de que ser� vice na chapa seria uma forma de garantir que Campos n�o vai voltar atr�s na decis�o de n�o apoiar o PSDB em S�o Paulo.
O movimento pol�tico da ex-ministra � visto com bons olhos pela c�pula do PSB, que avalia que a sinaliza��o cria um fato novo neste per�odo de pr�-campanha e coloca a dupla em evid�ncia j� no in�cio do ano.
Pernambuco
A resist�ncia de Marina � alian�a com o PSDB em S�o Paulo, no entanto, n�o impediu que Campos abrisse espa�o em seu governo para a sigla. Na manh� desta sexta-feira (03), ele deu posse a dois tucanos, um na Secretaria de Trabalho, outro na presid�ncia do Detran.
Em dezembro, Campos e o senador mineiro A�cio Neves, que deve concorrer � Presid�ncia pelo PSDB, encontraram-se em um jantar no Rio de Janeiro para discutir poss�veis acordos entre as duas siglas nos Estados. Al�m de Pernambuco e S�o Paulo, os presidenci�veis avaliaram a possibilidade de dividir palanques em Minas Gerais, Para�ba e Rio Grande do Sul.
Pesquisas
Terceira colocada na corrida presidencial de 2010, quando recebeu cerca de 20 milh�es de votos, o nome de Marina aparece sempre com �ndices maiores que os de Campos nas pesquisas de inten��o de voto.
No �ltimo levantamento do Datafolha, divulgado em dezembro, Marina alcan�a 26% das inten��es de voto quando disputa com a presidente Dilma Rousseff e com A�cio. Em outro cen�rio, contra os mesmos advers�rios, Campos marca 11%.
Levantamentos internos do PSB mostram que a inten��o de voto no governador de Pernambuco aumenta quando o nome dele aparece ao lado do da ex-ministra do Meio Ambiente.