S�o Lu�s – O governo do Maranh�o vai aceitar as cerca de 25 vagas oferecidas pelo Minist�rio da Justi�a em pres�dios federais, e transferir para essas unidades os principais l�deres de fac��es criminosas presos no Complexo Penitenci�rio de Pedrinhas, em S�o Lu�s. Eles estariam envolvidos nos recentes ataques a �nibus e delegacias de pol�cia na capital maranhense. “Estamos analisando quem e quantos vamos mandar para outros pres�dios. At� amanh� (hoje) fecharemos a lista. Tudo isso come�a a ser encaminhado hoje (ontem). Para eles serem transferidos, � necess�rio o posicionamento do juiz da Vara de Execu��es Penais”, afirmou o secret�rio estadual de Seguran�a, Alu�sio Mendes.
Al�m dos inc�ndios em �nibus, duas delegacias, nos bairros de S�o Francisco e Liberdade, e uma viatura policial foram atingidas a tiros. Dezesseis suspeitos de cometer os ataques foram presos entre a madrugada de domingo e ontem. De acordo com informa��es do coronel Aldimar Zanoni Porto, comandante-geral da Pol�cia Militar do Maranh�o, o grupo � suspeito de atear fogo a um �nibus na Vila Sarney Filho, no munic�pio de S�o Jos� de Ribamar. Os suspeitos foram detidos no mesmo local onde o coletivo foi incendiado. O efetivo de todas as pol�cias que atuam na capital foi refor�ado ap�s os ataques. O Minist�rio P�blico do Maranh�o encaminhou ontem um of�cio para o governo, com solicita��es como funcionamento do gabinete de gest�o integrada, deslocamento de presos para pres�dios federais e amparo �s fam�lias das v�timas.
Infarto
A menina Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos, n�o conseguiu sair de um dos coletivos e morreu na manh� de ontem, depois de sofrer queimaduras em 95% do corpo. Outras quatro pessoas permanecem internadas, duas delas em estado grave. Ana Clara estava com a m�e e a irm�, de 1 ano e 5 meses, na Vila Sarney quando o ve�culo foi invadido e incendiado por homens armados. O beb� teve teve queimaduras em 20% do corpo, mas o seu quadro � considerado est�vel e est� fora de perigo. A m�e das crian�as, Juliane Carvalho, de 22 anos, teve 40% do corpo queimado e permanece internada em estado grave no Hospital Geral Tarqu�nio Lopes Filho.
Segundo parentes, ela ainda n�o sabe da morte da filha. A fam�lia tem medo de que a informa��o comprometa a recupera��o de Juliane. “Eu nem sei o que a gente vai fazer em rela��o � not�cia porque ela tem que saber. Eu queria que ela se despedisse da Clarinha, mas eu n�o sei se ela vai aguentar mesmo. Ela sofre de depress�o”, contou Jorgiane Carvalho, tia de Ana Clara. O pai da menina, Wenderson de Sousa, mora no Rio de Janeiro. Ele s� conseguiu chegar a S�o Lu�s no s�bado. “A maldade do ser humano est� demais. � lament�vel. Era uma crian�a cheia de sonhos, carinhosa”, lamentou. Um bisav� da menina teve um infarto ao saber que ela havia sido ferida na a��o, e morreu no domingo.