PT oferece apoio a Cabral se Pez�o desistir

O PT do Rio, que j� adiou duas vezes a sa�da do governo S�rgio Cabral (PMDB), ofereceu nesta quarta-feira, 8, apoio ao governador na disputa por uma vaga no Senado. A contrapartida seria a desist�ncia da candidatura do vice-governador, Luiz Fernando Pez�o (PMDB), e o apoio ao candidato do PT, o senador Lindbergh Farias. Em entrevista ap�s reuni�o com Cabral no Pal�cio Guanabara, o presidente do PT no Rio, Washington Quaqu�, disse que a "chapa dos sonhos" na sucess�o estadual teria o ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB), como vice de Lindbergh e Cabral como candidato a senador.

"A vaga de vice est� aberta para negocia��o. Acho que o Crivella daria um bel�ssimo vice", declarou Quaqu�. Crivella, por�m, � pr�-candidato ao governo. No encontro, Cabral reafirmou que a candidatura de Pez�o ao governo � "irrevers�vel", segundo o relato do dirigente petista. "Ele falou que a candidatura do Pez�o � irrevers�vel, mas ficamos de conversar e de estabelecer um pacto de boa conviv�ncia", disse Quaqu�.

Segundo o petista, a chapa est� "aberta para uma futura composi��o", que teria preferencialmente candidatos de mais dois partidos, al�m do PT. "Eu disse ao governador que n�s n�o vamos ter uma postura agressiva com o governo e o PMDB. Nossa visita teve esse sentido. N�o h� beliger�ncia. Nossa rela��o com o Cabral � muito boa, n�o vamos ter briga, n�o vamos ter guerra ", declarou.

Al�m da composi��o da chapa, continua indefinida a data para o PT sair do governo Cabral. Segundo Quaqu�, est� marcada para o dia 14 nova reuni�o com o presidente do PT, Rui Falc�o, para decidir a quest�o "definitivamente". "Essa demanda de ficar at� mar�o foi imposta pelo PMDB nacional. Isso est� virando novela. Queremos sair agora em janeiro", disse o dirigente regional.

Segundo ele, n�o h� como desenvolver a candidatura de Lindbergh com o partido integrando um governo que tem candidato. "N�o vamos ter briga com o PT nacional, muito menos com o ex-presidente Lula. H� um entendimento de que a decis�o � do Rio. O que vamos fazer � dialogar."

Apesar de elogiar Cabral e afirmar que o seu governo � "o melhor desde o primeiro do (Leonel) Brizola", na d�cada de 1980, Quaqu� afirmou que a atual gest�o "tem um monte de erros". "Se o governo Cabral fosse perfeito, a gente n�o ia lan�ar candidato a governador." Indagado sobre os erros aos quais se referia, o petista classificou as Unidades de Pol�cia Pacificadora (UPPs) como "um meio acerto". "N�o tem investiga��o, n�o tem pris�o de quadrilha e bandidos acabam sendo expulsos para outras cidades, como a minha (Maric�)."