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Estado de Minas

Indicadores sociais explicam impopularidade de S�rgio Cabral, governador do RJ

No �ltimo ano, o �ndice de homic�dios dolosos na capital do Estado passou de 97 para 114. A taxa mais expressiva, no entanto, est� no aumento de roubo a transeuntes, que em alguns lugares, como na Baixada, cresceu quase 70%


postado em 24/12/2013 09:17 / atualizado em 24/12/2013 09:22

Um conjunto de indicadores com retrocessos, avan�os modestos ou estagna��o na �rea social contrasta com os n�meros generosos dos investimentos e do crescimento de empregos no Rio de Janeiro nos �ltimos anos e d� pistas sobre poss�veis motivos da impopularidade do governador S�rgio Cabral (PMDB).

A taxa de homic�dios � uma delas. O �ndice estava em 36,7 por 100 mil habitantes em 2006, ano anterior � posse de Cabral, e caiu para 23,5/100 mil em 2012 -um recuo de 36%. Naquele momento os n�meros nacionais apontavam aumento de 20,9 para 24,3. Mas a sensa��o de seguran�a dos primeiros anos, com redu��o na incid�ncia de crimes sobretudo em bairros protegidos pelas 36 Unidades de Pol�cia Pacificadora (UPPs) em favelas, come�ou a ceder em 2013.

Uma compara��o de estat�sticas do Instituto de Seguran�a P�blica (ISP) da Secretaria de Seguran�a, com base nos meses de setembro - o �ltimo dispon�vel em 2013 - mostra que os indicadores criminais cresceram com a migra��o de criminosos para regi�es sem policiamento.

Na capital, os homic�dios dolosos aumentaram. Em rela��o a setembro de 2012, eles passaram, na capital, de 97 para 114. Na Baixada Fluminense , de 119 para 138.Na Grande Niter�i, de 27 para 37.

O aumento dos crimes � mais pronunciado nos dados sobre roubo a transeuntes. Na capital, passou de 1.862 em setembro de 2012 para 2.549 no mes mo m�s de 2013 (mais 36,9%). Na Baixada, de 906 para 1528 (68,6%); na Grande Niter�i, de 538 para 701 (mais 30%). No Interior de 247 para 347 (40,4%).

Amarildo

Ainda na �rea de seguran�a, o caso do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, morto sob tortura por policiais militares que o prenderam ilegalmente na Rocinha, gerou forte desgaste para Cabral e para o programa das UPPs. Um epis�dio semelhante ocorreu em outubro na favela de Manguinhos, quando o jovem Paulo Roberto Menezes morreu em circunst�ncias suspeitas, tamb�m com acusa��es de envolvimento de PMs da UPP local.

Desde junho houve uma sucess�o de choques entre a Pol�cia Militar e manifestantes nas ruas do Rio. Aconteceram excessos de ambos os lados, mas a atua��o da PM, jogando bombas de g�s perto de hospitais e espancando ativistas, comprometeu a imagem do governo. “O b�nus das UPPs, que (o governador S�rgio) Cabral ganhou quando ampliou o programa, est� se esgotando”, diz Geraldo Tadeu Monteiro, diretor do Instituto Universit�rio de Pesquisas do Estado do Rio de Janeiro (Iuperj).

Tamb�m na educa��o a situa��o do Rio ficou distante do bom desempenho da economia. No �ndice de Desenvolvimento da Educa��o B�sica (Ideb), depois de ficar com nota 2,8 em 2007 e 2009, o Estado foi a 3,2 em 2011. Esse aumento de 14,2% levou o Estado de 20° lugar para 15º lugar (entre 27 unidades da Federa��o) em 2011. Ou seja, mesmo com o segundo maior PIB estadual do Pa�s, o Rio se manteve, na educa��o, atr�s de Estados mais pobres, como Roraima, Acre., Esp�rito Santo e Rond�nia.

A �ltima edi��o do Pisa, programa internacional de avalia��o de sistemas educativos , colocou em 2012 o Rio de Janeiro em d�cimo lugar, tamb�m atr�s de Estados com economias menores, como Mato Grosso do Sul (5º) e Para�ba (9º). Em rela��o a 2009 (o teste � aplicado a cada tr�s anos), o Rio recuou nas tr�s �reas avaliadas: leitura, matem�tica e ci�ncia. Na nota geral, o Estado ficou com 399 pontos, abaixo da m�dia nacional, de 402.

O secret�rio de Educa��o, Wilson Risolia, argumentou que menos de 1% dos alunos foram avaliados, acrescentando que o resultado n�o confere com o das avalia��es internas da secretaria, feitas com todos os estudantes.

Mortalidade

Entre 2006 e 2012, a mortalidade infantil no Estado caiu menos que no Brasil. A redu��o foi de 16,12 para12,71 mortos por mil nascidos vivos (21,15% no indicador), enquanto o recuo nacional foi de 25,42% (21,04 para15,69). O mesmo aconteceu com a taxa de analfabetismo de pessoas com 15 anos ou mais, que, no per�odo, caiu de 10,5% para 8,7% no Brasil (menos 17,4%), mas se reduziu menos no Rio - de 4,3% para 3,8%, uma retra��o de 11,62%, Em outro item significativo para a qualidade de vida, o abastecimento de �gua, a rede estadual passou de 88,06% das resid�ncias ligadas para 88,5% - um quadro de estabilidade.

Houve, por�m, alguns avan�os. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), entre 2006 e 2012 o Rio zerou o trabalho infantil na faixa de 5 a 9 anos e o reduziu em 62,5% no grupo de 10 a 13 anos. Essas diminui��es foram maiores que a m�dia nacional no per�odo, mas, nos n�meros gerais (de 5 a 17) a redu��o ficou em 22,65%, abaixo dos 31,84% no Brasil. Tamb�m na faixa de 15 a 17, a redu��o no Rio (11,66%) foi menor que a nacional, de 16,9%. Na rede coletora de esgoto, o Rio cresceu mais (61,54% para 77,95% das resid�ncias ligadas, mais 26,6%)que o Brasil (48,21%para 57,06%).

Propaganda

Alvo de cr�ticas, as despesas de publicidade pagas pelo governo Cabral atingiram, de janeiro de 2007 ao fim de novembro de 2013, o valor de R$ 799,5 milh�es. Trata-se de n�meros n�o corrigidos pela infla��o. Deflacionado para novembro de 2013, o gasto passa de R$ 930 milh�es. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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