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Estado de Minas

PT e PSB abrem guerra virtual na disputa pelo Planalto

At� o PSDB do senador A�cio Neves, outro pr�-candidato ao Pal�cio do Planalto, entrou na discuss�o


postado em 09/01/2014 08:25

Texto publicado na ter�a-feira na p�gina oficial do PT no Facebook no qual o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, � chamado de “tolo” por n�o apoiar a reelei��o de Dilma Rousseff causou uma forte rea��o do PSB ontem e inaugurou a guerra virtual da corrida presidencial deste ano. At� o PSDB do senador A�cio Neves, outro pr�-candidato ao Pal�cio do Planalto, entrou na discuss�o.

L�der do PSB na C�mara, o deputado Beto Albuquerque (RS) afirmou em nota oficial que o PT, ao fazer os ataques ao antigo aliado, age como uma “seita fundamentalista” - a nota foi compartilhada na p�gina oficial de Campos no Facebook. “Enquanto os c�es ladram, a nossa caravana passa. Foram ataques covardes, mas eu sou duro na queda”, afirmou o governador pernambucano em entrevista ontem. Os tucanos pegaram carona, dizendo que Campos, ao romper com Dilma, enfrenta a “face covarde do ativismo petista”.

Estrat�gia. O ataque virtual a Campos faz parte da estrat�gia que a c�pula petista pretende adotar na campanha: concentrar o debate p�blico com A�cio a fim de polarizar com o PSDB e criticar Campos nas redes sociais. A premissa � a seguinte: o prov�vel candidato tucano � mais f�cil de ser batido num eventual 2.º turno, portanto � com ele que Dilma tem de discutir publicamente; ao mesmo tempo, o prov�vel candidato do PSB, mais forte na avalia��o do PT, precisa ser alvo de cr�ticas duras, mesmo que virtuais.

Respons�vel por gerenciar as redes sociais do PT, o vice-presidente do partido, Alberto Cantalice, aprovou, segundo colegas de legenda, o texto com ataques a Campos antes de sua divulga��o no Facebook. Cantalice admite que o artigo contra o governador � “fruto da insatisfa��o” com as cr�ticas feitas pelo governador de Pernambuco ao governo Dilma, mas diz n�o ter aprovado previamente o material.

A ordem entre os auxiliares diretos de Dilma, a partir da estrat�gia j� definida, � n�o esticar a pol�mica p�blica e manter a pol�tica de boa vizinhan�a com Campos, de quem os petistas esperam receber apoio em caso de um 2.º turno com A�cio.

‘Tempestade’. Em conversas reservadas, petistas cotados para integrar a coordena��o da campanha de Dilma � reelei��o dizem que Campos est� fazendo uma “tempestade em copo d’�gua” com o texto divulgado na ter�a para tentar polarizar com o PT. “N�o temos de criar crise onde n�o tem”, afirmou o deputado Jos� Guimar�es (CE), l�der do PT na C�mara.

Oficialmente, os petistas dizem que o texto que chama Campos de “tolo”, “playboy mimado” e pol�tico “sem projeto” foi escrito pela equipe do Facebook e “n�o representa a posi��o oficial do partido”. “O problema � a forma do texto que n�o � do PT nem foi assinado pelo PT. Mas acho que n�o se deve dar o valor que est� se dando”, afirmou o secret�rio nacional de Organiza��o petista, Florisvaldo Souza.

Dilma orientou ministros do PT a n�o entrarem nessa discuss�o, que, no diagn�stico do Planalto, s� interessa ao pr�prio governador. Antes de Campos entregar os dois minist�rios que o PSB controlava no governo Dilma (Portos e Integra��o Nacional), o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva tentou convenc�-lo a n�o lan�ar candidatura agora e esperar a elei��o de 2018, quando poderia ter o apoio petista.

“N�o faria isso (divulgar o texto com ataques a Campos). Temos de ter uma posi��o respeitosa com aliados e ex-aliados”, avaliou o deputado Vicente Paulo da Silva (SP), que assumir� a lideran�a do PT na C�mara em fevereiro. “S� acho que Campos n�o teve paci�ncia e pode estar cometendo um grave erro. Ele poderia, sim ser o nosso candidato em 2018.”

“Eu fui o ant�doto contra esse v�rus”, contou o l�der do PSB na C�mara. “Disse ao governador que n�o se pode confiar no PT.” Na nota divulgada ontem no site do PSB, Albuquerque afirmou que a parcela hoje dominante no PT “transformou-se numa seita fundamentalista que ataca qualquer um (...) que discorde (...) da atual condu��o pol�tica e econ�mica do Pa�s e das velhas pr�ticas pol�ticas que se assistem em Bras�lia”. Para ele, fica evidente o “desespero da dire��o do PT” diante da candidatura do PSB.

Divis�o


Nos bastidores do PT, houve divis�o sobre o tom do texto no que se refere �s cr�ticas feitas � ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, que deve ser vice da chapa liderada por Campos na corrida presidencial. O artigo publicado na p�gina do Facebook petista diz que ela praticou o “adesismo puro e simples” ao ingressar no PSB depois de o Tribunal Superior Eleitoral ter rejeitado a cria��o da Rede Sustentabilidade, transformando-se em “ovo da serpente” no ninho pernambucano.


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