
Na “guerra” que se instalou entre partid�rios do PT e do PSB, em Pernambuco, as redes sociais t�m sido usada para desferir “golpes” de ambos os lados. Nessa ter�a-feira, o o primeiro taque partiu dos petistas. Na p�gina do partido no Facebook, o presidenci�vel e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, foi alvo de duras cr�ticas ao ser chamado de de "playboy mimado", "tolo" e obra da "boa vontade" do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff.
O ataque acontece um dia depois de Eduardo criticar o veto de Dilma a pontos da Lei de Diretrizes Or�ament�rias (LDO) para o controle do custo de obras. H� quase uma semana, o PSB se coligou, no estado de Pernambuco, com o PSDB, principal advers�rio dos petistas.
O l�der do PSB na C�mara dos Deputados, Beto Albuquerque (RS), respondeu �s estocadas do PT nacional contra Eduardo Campos. Segundo ele, o texto petista publicado no Facebook mostra o desespero da legenda. “Tal desespero demonstra a for�a das ideias e do debate que o PSB est� propondo”, afirmou o parlamentar.
Eduardo Campos afirmou, em mensagem postada em sua p�gina pessoal do Facebook, nesta quarta-feira, que n�o se pronunciar� sobre o que chamou de "ataque covarde" feito contra ele
Confira a postagem do PT, no Facebook, e a resposta do deputado Beto Albuquerque, do PSB
"A balada de Eduardo Campos
Por um momento, desses que enchem os incautos de certezas, o governador Eduardo Campos, de Pernambuco, achou que era, enfim, o escolhido.
Benefici�rio singular da boa vontade dos governos do PT, de quem se colocou, desde o governo Lula, como aliado preferencial, Campos transformou sua perspectiva de poder em desespero eleitoral, no fim do ano passado.
Estimulado pelos c�es de guarda da m�dia, decidiu que era hora de se apresentar como candidato a presidente da Rep�blica – sem projeto, sem conte�do e, agora se sabe, sem compostura pol�tica.
O velho Miguel Arraes, av� de Eduardo Campos, faz bem em j� n�o estar entre n�s, porque, ainda estivesse, morreria de desgosto.
E n�o se trata sequer da quest�o ideol�gica, j� que a travessia da esquerda para a direita � uma esp�cie de doen�a infantil entre certa categoria de pol�ticos brasileiros, um sarampo do oportunismo nacional. N�o � isso.
Ao descartar a alian�a com o PT e vender a alma � oposi��o em troca de uma probabilidade distante – a de ser presidente da Rep�blica –, Campos rifou n�o apenas sua credibilidade pol�tica, mas se mostrou, antes de tudo, um tolo.
Acreditou na mesma m�dia que, at� ent�o, o tratava como um playboy mimado pelo “lulo-petismo”, essa express�o tamb�m infantil�ide criada sob encomenda nas reda��es da imprensa brasileira.
Em meio ao entusiasmo, Campos foi levado a colocar dentro de seu ninho pernambucano o ovo da serpente chamado Marina Silva, este fen�meno da pol�tica nacional que, curiosamente, despreza a pol�tica fazendo o que de pior se faz em pol�tica: praticando o adesismo puro e simples.
Vaidosa e certa, como Campos, de que � a escolhida, Marina virou uma pedra no sapato do governador de Pernambuco, do PSB e da triste m�dia reacion�ria que em torno da dupla pensou em montar uma cidadela.
Como at� os tubar�es de Boa Viagem sabem que o objetivo de Marina � se viabilizar como cabe�a da chapa presidencial pretendia pelo PSB, � bem capaz que o governador esteja pensando com frequ�ncia na enrascada em que se meteu.
Eduardo Campos � o resultado de uma s�rie de medidas que incluem a disposi��o de Lula em levar para Pernambuco a Refinaria Abreu e Lima, em parceria com a Venezuela, depois de uma luta de mais de 50 anos. Sem falar nas obras da transposi��o do Rio S�o Francisco e a Transnordestina. Ou do Estaleiro Atl�ntico Sul, fonte de empregos e prest�gio que Campos usou t�o bem em suas estrat�gias eleitorais
Pernambuco recebeu 30 bilh�es de reais do Programa de Acelera��o do Crescimento, o PAC, do qual a presidenta Dilma Rousseff foi a principal idealizadora e gestora.
O estado tamb�m ganhou sete escolas t�cnicas federais, al�m de cinco campi da Universidade Federal Rural constru�dos para melhorar a vida do estudante do interior.
Eduardo Campos cresceu, politicamente, gra�as � expans�o de programas como Projovem, Samu, Bolsa Fam�lia, Luz para Todos, Enem, ProUni e Sisu. Sem falar no Pronasci, que contribuiu para a diminui��o da criminalidade no estado, por muito tempo um dos mais violentos do Pa�s.
Campos poderia ser grato a tudo isso e, mais � frente, com maturidade e honestidade pol�tica, tornar-se o sucessor de um projeto pol�tico voltado para o coletivo, e n�o para o pr�prio umbigo.
Arrisca-se, agora, a ser lembrado por ter mantido entre seus quadros um secret�rio de Seguran�a P�blica, Wilson Dam�zio, que defendeu estupradores com o argumento de que as meninas pobres do Recife, obrigadas a fazer sexo oral com marginais da Pol�cia Militar, assim agiam por n�o resistirem ao charme da farda.
“Quem conhece Dam�zio, sabe que ele n�o tem esses valores”, lamentou Eduardo Campos.
Quem achava que conhecia o governador do PSB, ao que tudo indica, ainda vai ter muito o que lamentar."
"Resposta de Beto Albuquerque
1. Fica evidente o desespero da dire��o do Partido dos Trabalhadores frente � discuss�o democr�tica do PSB em ter candidato pr�prio � Presid�ncia da Rep�blica em 2014. Tal desespero s� demonstra a for�a das ideias e do debate que o PSB est� propondo, sendo a real alternativa para que o Brasil avance nas mudan�as que o povo brasileiro clama e precisa;
2. � imposs�vel negar os avan�os que o Governo de Pernambuco obteve nos �ltimos sete anos, sob o comando do presidente nacional do PSB, Eduardo Campos. Alegar que o sucesso do Governo de Pernambuco deveu-se a ajuda federal � no m�nimo ing�nuo, pois tal ajuda se fez presente a todos os Estados, inclusive aqueles dirigidos pelo PT, que n�o tiveram a mesma capacidade de formula��o de projetos, planejamento e execu��o que o Governador Eduardo Campos, o mais bem avaliado e aprovado do pa�s, reeleito com a maior vota��o da hist�ria do seu Estado.
3. Al�m do ataque covarde e despolitizado ao Governador Eduardo Campos, a nota ainda usa termos chulos para tratar a ex-senadora Marina Silva, l�der da Rede Sustentabilidade e filiada do PSB, uma ativista reconhecida internacionalmente pela sua defesa do desenvolvimento sustent�vel e figura de postura �mpar na pol�tica brasileira.
4. A nota revela que a parcela que hoje domina o PT perdeu completamente seu esp�rito republicano, abandonou seu norte politico e transformou-se numa seita fundamentalista que ataca qualquer um, mesmo sendo um importante ator do campo das esquerdas, que discorde em qualquer medida da atual condu��o pol�tica e econ�mica do pa�s e das velhas pr�ticas pol�ticas que se assiste em Bras�lia;
5. O PSB manter-se-� firme na propositura de mudan�as profundas na forma de se fazer pol�tica no Brasil, resgatando a dignidade dos partidos e agentes politicos, t�o desgastados pela descompostura daqueles que hoje formam a alian�a que dirige Bras�lia." (Com Informa��es do Di�rio de Pernambuco)