
Nem tanto � terra, nem tanto ao mar. Para n�o melindrar a fam�lia do senador Jos� Sarney, em especial, a governadora do Maranh�o, Roseana Sarney, o PT nacional planeja nos bastidores a perspectiva de lan�amento de um nome pr�prio ao governo estadual, ainda que n�o tenha votos nem candidatos fortes para a empreitada. A ideia, no entanto, n�o une o PT maranhense, rachado e detentor de cargos no governo de Roseana. E, como a sigla n�o tem eleitorado hoje no estado para fazer bonito na sucess�o local, qualquer que seja o nome lan�ado, se a ideia vingar, ser� um “poste”, ou seja, apenas para deixar o PT equidistante de Lu�s Fernando Silva, candidato apoiado pela governadora Roseana Sarney, e de seu maior advers�rio, Fl�vio Dino, a grande aposta do PCdoB no projeto para este ano.
Entre os aliados da governadora, a avalia��o hoje � a de que ela enfrentar� a mais arriscada disputa de sua vida no Maranh�o, caso seja candidata ao Senado — decis�o que ainda n�o est� tomada. A an�lise, tanto de petistas quanto de peemedebistas, � de que essa crise da seguran�a p�blica vem num momento muito pior do que o esc�ndalo da Lunus, a empresa de Jorge Murad, marido de Roseana Sarney. Na sede da firma, em 2002, foi encontrada uma grande soma de dinheiro que seria usado na pr�-campanha presidencial. Sim, Roseana chegou a aparecer com 24% das inten��es de voto em fevereiro do ano eleitoral. Lula contava com 26%. Nas simula��es de segundo turno, ela batia todos, at� Lula. Os recursos terminaram devolvidos � fam�lia, uma vez que o Supremo Tribunal Federal considerou n�o haver nada que desabonasse a governadora. Mas a candidatura presidencial naufragara. Quando da devolu��o dos recursos, Roseana j� era senadora.