O PT do Rio come�ou nesta ter�a-feira, a convocar seus dirigentes estaduais para uma reuni�o do Diret�rio Regional no pr�ximo s�bado, na qual finalmente decidir�o se o partido deixa o governo de S�rgio Cabral Filho (PMDB) para lan�ar a candidatura do senador Lindbergh Farias a governador. A convocat�ria circulou no partido um dia ap�s o almo�o do comando estadual do PMDB com o vice-presidente, Michel Temer. No encontro, o partido pediu que Temer intervenha junto ao PT nacional para obrigar sua se��o fluminense a apoiar a candidatura de Luiz Fernando Pez�o ao Pal�cio Guanabara.
Um emiss�rio de Cabral ofereceu aos petistas mais uma secretaria (al�m das duas atuais, Direitos Humanos e Ambiente) para que desistam da sa�da. O pr�prio governador pediu ao presidente regional petista, Washington Quaqu�, que o PT fique, em encontro na semana passada.
Quaqu� reafirmou a inten��o de sair, mas prometeu a Cabral que o desembarque n�o ter� ataques p�blicos. Nesta ter�a-feira, em reuni�o em S�o Paulo, o presidente do PT fluminense dever� dizer ao presidente nacional do partido, Rui Falc�o, que a sa�da � inevit�vel. Lindbergh espera que o partido possa marcar um encontro, talvez antes do carnaval, para sagr�-lo candidato.
Talvez as coisas n�o sejam t�o f�ceis. O diret�rio regional petista est� dividido. Um apelo de Falc�o ou do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva poderia levar o grupo de Quaqu�, atualmente com a candidatura de Lindbergh, a mudar de posi��o e, alterando a correla��o de for�as, novamente adiar a sa�da. Um pedido da presidente Dilma Rousseff a Lindbergh tamb�m poderia mudar drasticamente o cen�rio. A presidente tem sido alvo de amea�as de peemedebistas do Rio de Janeiro, que dizem que, se o PT lan�ar candidato pr�prio a governador do Rio, defender�o que o PMDB n�o apoie sua candidatura � reelei��o para o Pal�cio do Planalto - uma postura de "independ�ncia".
Para petistas do Rio, trata-se de blefe. O PMDB do Rio n�o teria coragem, nem for�a, para se apartar da l�der das pesquisas. No momento, sua prioridade seria ganhar tempo, mantendo o PT na alian�a na esperan�a de Pez�o melhorar seu desempenho nas pesquisas eleitorais, at� agora discreto. Mesmo uma alian�a entre os dois partidos, como a proposta por Quaqu� - com Lindbergh candidato a governador e Cabral a senador - � vista por petistas como problem�tica. O temor � que, em um quadro de elei��o "aberta", com outras candidaturas fortes, como a do ex-governador Anthony Garotinho (PR), a presen�a de Cabral na chapa possa, devido � baixa popularidade do governador, levar � derrota na disputa pelo governo estadual.