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Estado de Minas

PMDB prepara rea��o contra PT depois de Dilma negar novo minist�rio

Caciques do partido discutem os rumos da alian�a com PT ap�s a recusa da presidente Dilma de entregar a pasta da Integra��o Nacional ao senador paraibano Vital do R�go


postado em 15/01/2014 06:00 / atualizado em 15/01/2014 07:55

Temer e Renan vão decidir nesta quarta-feira os próximos passos. Apesar de a possibilidade de o partido deixar o governo ser remota, a insatisfação é grande (foto: Iano Andrade/CB/D.A Press - 29/10/13)
Temer e Renan v�o decidir nesta quarta-feira os pr�ximos passos. Apesar de a possibilidade de o partido deixar o governo ser remota, a insatisfa��o � grande (foto: Iano Andrade/CB/D.A Press - 29/10/13)

Bras�lia –
Surpreendida pela recusa da presidente Dilma Rousseff em dar mais espa�o para a legenda durante a reforma ministerial, a c�pula do PMDB re�ne-se nesta quarta-feira � noite no Pal�cio do Jaburu, sede da Vice-presid�ncia da Rep�blica, para saber o que fazer daqui por diante. A hip�tese de abandonar o governo � remota, mas a inten��o do grupo � encontrar uma maneira de mostrar a insatisfa��o com a decis�o da presidente de avisar o vice-presidente Michel Temer de que n�o ceder� o Minist�rio da Integra��o Nacional para a legenda. “A not�cia dada pela presidente foi complexa demais para n�s. Precisamos ver como ficam as coisas daqui por diante”, avisou o l�der do PMDB na C�mara, Eduardo Cunha (RJ). “Foi mais que um balde de �gua fria. Ainda tinha pedras de gelo para bater na nossa cabe�a”, reclamou um peemedebista.

Como avisou um interlocutor do partido, existem peemedebistas mais radicais e alguns mais ponderados. Cunha est� no primeiro grupo j� que, segundo o relato feito por Temer ap�s a conversa com a presidente, se a Integra��o Nacional for entregue ao partido, uma das duas pastas ocupadas por deputados � que dever� ser sacrificada, provavelmente o Turismo. O PTB j� avisou que se isso acontecer ser� o primeiro a pleitear o novo cargo.

O jantar de hoje contar� com a toda a c�pula do partido. Al�m do anfitri�o Temer, estar�o presentes os presidentes da C�mara e do Senado, Henrique Eduardo Alves (RN) e Renan Calheiros (AL); Eduardo Cunha e o l�der no Senado, Eun�cio Oliveira (CE); o l�der do governo no Senado, Eduardo Braga (AM); o vice-presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO); e o senador Jos� Sarney (AP). “Todos sabem que o espa�o do PMDB hoje no governo n�o corresponde, na qualidade, � import�ncia do partido. Vamos conversar e tomar uma posi��o de unidade”, avisou Henrique Alves.

A decis�o da presidente de avisar que n�o haveria espa�o para a indica��o do senador Vital do R�go (PB) surpreendeu at� mesmo governistas que acompanham de perto os movimentos da reforma ministerial. “A presidente trucou com o PMDB”, disse um aliado, em uma refer�ncia o tradicional jogo de cartas na qual os jogadores usam e abusam do blefe na tentativa de vencer a partida.

Esses interlocutores lembram que, at� o fim de 2013, n�o se duvidava de que Vital do R�go seria o novo ministro da Integra��o. A hip�tese mais prov�vel para a mudan�a de humor de Dilma � de que a presidente tenha ficado irritada com informa��es que circularam nos jornais de que o PMDB queria mais do que uma pasta, com not�cias de que o partido estaria de olho no Minist�rio das Cidades, ocupado atualmente pelo PP.

Assuntos locais

Relator da Lei de Diretrizes Or�ament�rias (LDO) de 2014, o deputado Danilo Forte (PMDB-CE) disse que, nos �ltimos anos, o partido tem sido um dos mais fi�is ao governo. E que isso pode ter atrapalhado o PMDB, em vez de ajud�-lo. “No in�cio do governo, �ramos vistos como uma amea�a. Deixamos de ser e acabamos perdendo prest�gio. Pelo nosso tamanho, al�m de mais espa�o, dever�amos ter um maior protagonismo na defini��o das pol�ticas p�blicas”, reclamou Forte.

As quest�es locais tamb�m podem ter pesado nessa decis�o da presidente. Um dos principais caciques do PMDB, o senador Jos� Sarney (AP) est� fragilizado com a situa��o do Maranh�o ap�s a explos�o de viol�ncia deflagrada no pres�dio de Pedrinhas, em S�o Lu�s. No Rio de Janeiro, o governador S�rgio Cabral Filho enfrenta os piores �ndices de avalia��o do mandato.

Os sinais vindos do PMDB mostram um partido confuso e rachado, com diversos estados, como a Bahia, Pernambuco e o Mato Grosso do Sul, sinalizando que n�o dar�o palanque para Dilma nas elei��es de outubro. O pr�prio Minist�rio da Integra��o Nacional envolve uma disputa local: o interino � Francisco Teixeira, ligado aos irm�os Cid e Ciro Gomes, do Partido Republicano da Ordem Social (Pros).

No Cear�, circula a informa��o de que Dilma poderia manter Teixeira como sendo uma indica��o dos Gomes – logo, dentro da cota do Pros. Mas eles n�o estariam dispostos a aceitar isso, preferindo negociar o espa�o do partido – e deles pr�prios – em um eventual segundo mandato de Dilma.


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