Rio, 20 - O comando do PMDB vai intensificar a press�o sobre o Pal�cio do Planalto para for�ar o PT nacional a intervir e impedir que o senador Lindbergh Farias (PT) seja candidato a governador do Rio, em chapa rival � do vice-governador Luiz Fernando Pez�o, postulante do PMDB. O partido antecipar� sua conven��o para abril e colocar� a manuten��o da coliga��o nacional no centro da discuss�o da alian�a de apoio � reelei��o da presidente Dilma Rousseff, afirmou o l�der peemedebista na C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ). No s�bado, 18, o diret�rio regional do PT fluminense aprovou a entrega em 28 de fevereiro dos cargos no governo S�rgio Cabral Filho (PMDB) e o lan�amento de Lindbergh.
"A antecipa��o da conven��o pode ser a sa�da para resolver (o impasse) ou mudar de lado", disse Cunha, ressaltando que s� dava uma opini�o. "N�o vejo como o PMDB do Rio ficar� na alian�a nacional se o PT local tiver candidatura pr�pria. Vamos ver como isso contamina a coliga��o (de apoio a Dilma)."
A conven��o dever� acontecer no fim de abril, bem antes do t�rmino do prazo legal, em junho. A antecipa��o foi acertada em reuni�o com o vice-presidente Michel Temer, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (AL), e da C�mara, Henrique Eduardo Alves (RN), l�deres nas duas Casas e dirigentes partid�rios, em Bras�lia, na �ltima quarta-feira, 15.
"Vamos votar o apoio � reelei��o. J� que o PT colocou um fato consumado, vamos ver como fica a quest�o nacional", disse Cunha, para quem "� �bvio" que a decis�o tomada pelo PT no s�bado "dificulta" e "vai complicar" a alian�a em torno de Dilma. "Com a decis�o do PT, o PMDB do Rio fica liberado para fazer o que quiser, fica solto."
O partido estimula especula��es sobre a possibilidade de sua se��o fluminense apoiar outro presidenci�vel, possivelmente A�cio Neves (PSDB), se Lindbergh for lan�ado candidato.
Depois da decis�o do PT, Cabral, que manifestara a inten��o de renunciar em 31 de mar�o, anunciou que anteciparia a sa�da em um m�s, deixando o Pal�cio Guanabara em 28 de fevereiro, junto com os petistas. Ele precisa sair do governo, no m�ximo, seis meses antes do primeiro turno da elei��o, porque pretende concorrer a um cargo no Senado, e seu filho Marco Ant�nio tamb�m tentar� uma cadeira de deputado. No PMDB, a decis�o foi vista como um modo de dar mais exposi��o a Pez�o, que amarga �ndices modestos nas pesquisas.
"Acho que o governador (com o an�ncio) quis demonstrar que o governo � feito em parceria. Se a parceria foi desfeita, prefere sair. Tamb�m foi uma maneira de dar mais visibilidade a Pez�o e mostrar que sua candidatura � para valer", afirmou Cunha.
O presidente do PT do Rio, Washington Quaqu�, considerou "estranho" que Cabral anunciasse a antecipa��o da sa�da em fun��o da decis�o do PT. "Assumimos a ofensiva. Lindbergh � o candidato com maior potencial, lan�ou sua candidatura e partiu para consolidar a chapa, o que nos coloca no centro da disputa. Os outros come�am a se mexer em fun��o da nossa movimenta��o."