Bras�lia, 21 - A presidente Dilma Rousseff oficializou nesta ter�a-feira, 21, o convite para o secret�rio de Sa�de de S�o Bernardo do Campo, Arthur Chioro, assumir o Minist�rio da Sa�de. Chioro entrar� no lugar de Alexandre Padilha, que deixar� o cargo em fevereiro para ser candidato do PT ao governo de S�o Paulo.
A troca de comando na Sa�de, antecipada pelo jornal O Estado de S. Paulo, s� ocorrer� no in�cio do m�s que vem, quando Dilma retornar de suas viagens a Davos, na Su��a, onde vai participar do F�rum Econ�mico Mundial, e a Havana, capital de Cuba e sede da II Confer�ncia da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
Padilha e Chioro acompanhar�o Dilma em Havana. L�, a presidente vai agradecer o presidente de Cuba, Raul Castro, por ceder profissionais para o programa "Mais M�dicos". Carro-chefe da campanha de Padilha � sucess�o do governador Geraldo Alckmin (PSDB), o plano tamb�m ser� apresentado como "marca" do governo Dilma durante a corrida pela reelei��o.
Dilma escolheu Chioro, que � filiado ao PT, porque disse ter ficado "impressionada" com o trabalho dele � frente da Secretaria da Sa�de de S�o Bernardo do Campo. A indica��o recebeu a b�n��o do prefeito de S�o Bernardo, Luiz Marinho, e do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.
O calend�rio da transi��o no Minist�rio da Sa�de foi discutido nesta ter�a durante almo�o entre Padilha e Chioro, em Bras�lia. Assim que deixar a pasta, o ministro iniciar� a campanha em S�o Paulo. A ideia � ressuscitar as antigas "caravanas" do PT, desta vez pelo interior paulista. O percurso, a ser feito de �nibus, come�ar� pela regi�o de Ribeir�o Preto.
At� agora, apenas o PR sinalizou apoio � candidatura de Padilha. O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva quer emplacar o usineiro Maur�lio Biagi Filho, rec�m-filiado ao PR, como vice na chapa petista. O PP do deputado Paulo Maluf, que avalizou o petista Fernando Haddad para a Prefeitura, agora negocia a vice na chapa de Alckmin.
PMDB
A reforma ministerial ser� feita em duas etapas, uma em fevereiro e a outra no fim de mar�o. Al�m de Padilha e de Gleisi Hoffmann (PT), que vai concorrer ao governo do Paran� e ser� substitu�da por Aloizio Mercadante na Casa Civil, a ministra Maria do Ros�rio (Direitos Humanos) tamb�m deve deixar a pasta em fevereiro.
O titular do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior, Fernando Pimentel, pediu a Dilma para ficar � frente do Minist�rio at� o fim de mar�o. Ele ser� substitu�do pelo empres�rio Josu� Gomes da Silva, rec�m-filiado ao PMDB e presidente da Coteminas. Pela Lei Eleitoral, os ocupantes de cargos p�blicos que forem disputar as elei��es t�m at� 5 de abril para pedir desligamento de suas fun��es.
Depois de se reunir nesta ter�a com dirigentes do Comit� Ol�mpico Internacional (COI) e assegurar que os Jogos de 2016 ser�o realizados com seguran�a, Dilma conversou a portas fechadas com o governador do Rio, S�rgio Cabral, com o vice Luiz Fernando Pez�o e com o prefeito Eduardo Paes, todos do PMDB. "Fiquem tranquilos porque ainda teremos muita obra para inaugurar juntos, at� a Copa", afirmou a presidente, procurando amenizar a tens�o na seara peemedebista.
O PMDB at� agora n�o chegou a acordo com Dilma para a reforma do primeiro escal�o e muito menos com o PT para a sucess�o de Cabral, no Rio. O PT aprovou a candidatura do senador Lindbergh Farias (PT) ao governo fluminense, mas o PMDB n�o abre m�o da chapa liderada por Pez�o.
Diante do atual cen�rio, Dilma ter� pelo menos quatro palanques no Rio: o de Lindbergh, o de Pez�o, o de Anthony Garotinho (PR), hoje em primeiro lugar nas pesquisas, e o de Marcelo Crivella (PRB), atual ministro da Pesca que tamb�m disputar� o governo.