
O governo tamb�m n�o tem uma agenda importante de pautas no Congresso at� o meio do ano, quando come�a a campanha eleitoral e as vota��es ser�o praticamente interrompidas.
A ministra das Rela��es Institucionais est� com o futuro pol�tico indefinido. Ela tem tr�s caminhos a seguir. O primeiro � se candidatar ao Senado por Santa Catarina, embora o grupo pol�tico dela tenha perdido a elei��o para comandar o diret�rio do PT estadual. Outra op��o � concorrer a uma vaga na C�mara dos Deputados, o que seria uma esp�cie de rebaixamento para quem j� foi senadora entre 2003 e 2011. Essas duas op��es t�m de ser tomadas at� abril, prazo previsto em lei para que ministros deixem o governo a fim de disputar votos em outubro.
Futuro de Ideli
A terceira op��o � continuar onde est�, caso a presidente Dilma Rousseff a convide para "sacrif�cio" permanecendo no governo se Dilma for reeleita. Essa � a solu��o que Dilma escolheu para o pr�prio Mercadante, que, ao contr�rio de Ideli, dever� ter um papel de destaque no governo e na campanha presidencial. "Onde estar� Ideli? Candidata ao Senado, � C�mara? Fica ministra? Onde?", comentou o presidente da C�mara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), dando o tom da indefini��o sobre o futuro de Ideli na Esplanada.
Com os senadores da base aliada, Mercadante mant�m contato constante. O ministro tem participado de encontros com o presidente da Casa, Renan Calheiros, e l�deres partid�rios e discutido projetos, como o Plano Nacional de Educa��o, desmarcando compromissos no pr�prio minist�rio.
"Certamente Mercadante, como (Antonio) Palocci, teria uma interlocu��o maior com seus companheiros de Parlamento", concluiu Alves. O presidente da C�mara deixa claro a sombra que o ministro poder� produzir sobre a ministra respons�vel pela articula��o pol�tica. "Mercadante chegar� forte por toda sua hist�ria e consist�ncia. Tomara que tenha a humildade que o cargo tamb�m exige. O ano ser� dif�cil, de muitas tens�es", emendou.
Ao longo do ano passado, Ideli Salvatti bateu ponto na C�mara e no Senado para conversar com l�deres da base sobre v�rios projetos de interesse do governo Dilma, como na vota��o da Medida Provis�ria que instituiu o novo marco regulat�rio para os portos. Mas, nos projetos mais sens�veis, eram os ministros das respectivas �reas t�cnicas que davam o aval para as negocia��es - no caso da MP dos Portos, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que est� de sa�da da pasta para concorrer ao governo do Paran�.
"Ideli tem um papel de articula��o, at� sacrificado pelos limites impostos. Antes ela iria sair para disputar. Vamos esperar", afirmou Alves. (Com Ag�ncia Estado)