Bras�lia – Alvo de investiga��o do Minist�rio P�blico de S�o Paulo por ser s�cio majorit�rio de uma consultoria que manteve contratos com administra��es p�blicas, incluindo gest�es petistas, enquanto comandava a Secretaria de Sa�de de S�o Bernardo do Campo, o futuro ministro da Sa�de, Arthur Chioro, resolveu deixar a empresa. A decis�o ainda n�o foi formalizada e ser� comunicada na manh� desta quinta-feira durante entrevista coletiva que Chioro concede em S�o Bernardo do Campo. Nessa quarta-feira, mais uma vez, ele preferiu n�o comentar o assunto. Alexandre Padilha, que deve deixar a pasta at� o fim do m�s, tamb�m silenciou sobre o caso.
Em setembro, a promotora Taciana Trevisoli Panagio instaurou inqu�rito civil p�blico para apurar a den�ncia. A Consa�de Consultoria, Auditoria e Planejamento Ltda. prestou servi�os, por exemplo, para a Prefeitura de Ubatuba, comandada pelo petista Maur�cio Morozimato. Tamb�m foi firmado contrato com o munic�pio de Botucatu, durante a gest�o de Ant�nio M�rio de Paula Ferreira (PT).
Na segunda-feira, Chioro teve um encontro reservado com a presidente Dilma Rousseff. O Pal�cio do Planalto o orientou a pedir esclarecimentos � Comiss�o de �tica P�blica da Presid�ncia da Rep�blica sobre o caso. A legisla��o federal n�o permite o ac�mulo das fun��es por considerar que h� conflito de interesses. Hoje Chioro deve argumentar em sua defesa que a consultoria prestou servi�os para administra��es de v�rios partidos pol�ticos, incluindo advers�rios hist�ricos do PT.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Sa�de de S�o Bernardo do Campo limitou-se a comunicar ontem que Chioro se afastou da consultoria quando ocupou a dire��o do Departamento de Aten��o Especializada na primeira gest�o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. O mesmo cuidado n�o foi observado � frente da pasta municipal de Sa�de. A Lei Org�nica do Munic�pio (LOM) de S�o Bernardo do Campo n�o permite que secret�rios municipais sejam donos de empresas que mant�m contratos com entes p�blicos.
Ap�s conclus�o do procedimento instaurado pelo Minist�rio P�blico, Chioro pode ser processado por improbidade administrativa. Na segunda-feria, por meio da assessoria de imprensa do MP de S�o Paulo, a promotora Taciana Trevisoli apenas confirmou que o procedimento estava em curso. Para n�o atrapalhar a investiga��o em andamento, preferiu n�o se pronunciar sobre o assunto. Informou que j� fez o pedido de informa��o ao secret�rio de Sa�de. O MP comunicou que ainda n�o existe uma previs�o para conclus�o do inqu�rito.
Em coletiva de imprensa para anunciar a campanha de vacina��o contra o HPV, Alexandre Padilha disse ter ficado “feliz” com a indica��o de seu sucessor na pasta, Arthur Chioro. “Desde o in�cio eu disse que a escolha do substituto era exclusiva da presidente Dilma e fico muito feliz com essa decis�o”, completou Padilha. O ministro preferiu n�o falar sobre a investiga��o do Minist�rio P�blico de S�o Paulo. “N�o cabe a mim comentar.”
O atual ministro e o sucessor embarcam para Cuba no fim de semana com o objetivo de encontrar Dilma. Segundo Padilha, os motivos da viagem s�o relacionados � coopera��o com a ilha para trazer m�dicos cubanos e o andamento da transfer�ncia de tecnologia de 19 produtos entre os pa�ses. O governo quer atingir a meta de ter 13 mil profissionais no Programa Mais M�dicos at� o in�cio de abril. Para atingir o objetivo, outra leva de cubanos deve chegar ao Brasil nas pr�ximas semanas.