O futuro Ministro da Sa�de, Arthur Chioro, que assumir� a pasta em fevereiro no lugar de Alexandre Padilha, afirmou nesta quinta-feira, 23, que considera n�o ter cometido “nenhuma irregularidade” ao ocupar o cargo de secret�rio de Sa�de de S�o Bernardo do Campo (SP) e ao mesmo tempo ser s�cio de uma empresa que presta consultoria na �rea para prefeituras e gest�es estaduais.
Chioro apresentou nesta quarta-feira, 22, seu pedido de desligamento formal da empresa na Junta Comercial de S�o Paulo. O futuro ministro � alvo de investiga��o do Minist�rio P�blico de S�o Paulo por suspeita de improbidade administrativa.
“No entendimento da prefeitura de S�o Bernardo do Campo, totalmente fundamentada na legisla��o federal, na legisla��o vigente, n�o h� nenhuma irregularidade no fato de, como secret�rio da Sa�de, ser s�cio de uma empresa que presta consultoria na �rea da sa�de”, disse Chioro, que convocou uma entrevista coletiva para falar do assunto.
Ele afirmou ainda que seu v�nculo com a Consa�de Consultoria, Auditoria e Planejamento, da qual figurava como s�cio-diretor desde 1997, nunca foi omitido e que a empresa sempre atendeu clientes p�blicos ligados a partidos da base e da oposi��o ao governo Dilma Rousseff.
Chioro disse ainda que a empresa j� atendeu clientes como as prefeituras de Ubatuba (SP), Volta Redonda (RJ), Pindamonhangaba (SP) e S�o Lu�s do Paraitinga (SP), administradas por PT, PMDB, PSDB e PPS na �poca dos conv�nios. Afirmou tamb�m que a Consa�de j� ganhou uma licita��o do governo federal para prestar consultoria aos Estados do Mato Grosso e Goi�s, nos anos de 2001 a 2002, per�odo em que o tucano Jos� Serra era ministro da Sa�de.
“Se fosse vinculada ao PT a empresa nunca ganharia uma concorr�ncia internacional do Minist�rio da Sa�de do Serra.”
Investiga��o
Em setembro do ano passado, a promotora Taciana Panagio instaurou inqu�rito civil p�blico para apurar a den�ncia de que Chioro, al�m de ser secret�rio de Sa�de de S�o Bernardo, era s�cio majorit�rio de uma empresa de consultoria que prestava servi�os na �rea de planejamento e gest�o de sistemas de sa�de para prefeituras paulistas comandadas pelo PT.
O Minist�rio P�blico estadual apura se ele infringiu a Lei Org�nica de S�o Bernardo do Campo, que pro�be secret�rios de manterem sociedade em empresas que tenham contratos com entes federativos.
Dedica��o
Questionado sobre a investiga��o, Chioro garantiu que j� estava afastado da administra��o da empresa desde 2009 para se dedicar ao cargo de secret�rio de sa�de de S�o Bernardo. Ele disse tamb�m que todas as informa��es sobre sua atua��o na empresa j� foram encaminhados ao Minist�rio P�blico. Mesmo alegando estar distante da empresa desde 2009, Chioro continuou recebendo como cotista. Mas com o afastamento formal, suas cotas de participa��o na Consa�de ser�o repassadas para a sua esposa, que deve assumir o comando da empresa. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.