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Estado de Minas

Chioro anuncia transfer�ncia de 98% das cotas da empresa para sua mulher

Investigado por consultorias prestadas a prefeituras, o que poderia impedir sua posse na pasta, coloca a esposa como a nova dona do neg�cio


postado em 24/01/2014 06:00 / atualizado em 24/01/2014 09:39

"O meu v�nculo com a empresa nunca foi omitido. Ele � p�blico e not�rio. Quando fui anunciado, em dezembro de 2008, como secret�rio de Sa�de, no meu curr�culo constava minha vincula��o" - Arthur Chioro, secret�rio de Sa�de de S�o Bernardo do Campo (SP), convidado para ser o pr�ximo ministro da Sa�de (foto: Andris Bovo/ABCD maior/Estad�o Conte�do)

Bras�lia
– O futuro ministro da Sa�de, Arthur Chioro, alvo de inqu�rito civil do Minist�rio P�blico de S�o Paulo por ser s�cio majorit�rio de uma consultoria que manteve contratos com administra��es p�blicas, incluindo gest�es petistas, enquanto comandava a Secretaria de Sa�de de S�o Bernardo do Campo (SP), recorreu � fam�lia para tentar p�r fim � quest�o. Ele colocou a mulher, Roseli Regis dos Reis, como nova dona da empresa. Chioro transferiu 98% das cotas para a esposa. A decis�o foi anunciada formalmente nessa quinta-feira, durante entrevista coletiva em seu gabinete na Secretaria de Sa�de de S�o Bernardo do Campo. Os documentos que pedem a altera��o no contrato social da Consa�de Consultoria, Auditoria e Planejamento Ltda. foram encaminhados para a Junta Comercial do Estado de S�o Paulo (Jucesp) na quarta-feira.

Durante a entrevista, ao informar que estava deixando a empresa formalmente, o petista n�o comunicou inicialmente que a mulher assumiria o seu posto. “Dei entrada ontem na Junta Comercial de S�o Paulo no pedido de afastamento da dire��o da empresa. Estou saindo formalmente agora, saindo da participa��o. Estou cedendo as minhas cotas para outro s�cio”, disse. S� depois de ser lembrado por uma rep�rter de que a s�cia era a pr�pria esposa, Chioro confirmou: “Isso, isso”.


Ele afirmou que n�o h� nenhuma irregularidade na conduta � frente da Secretaria de Sa�de. No entanto, alegou que estava se afastando para “evitar dor de cabe�a”. Para ele, mesmo com o questionamento do Minist�rio P�blico, tudo foi feito de acordo com a legisla��o. “Considero que, inclusive para o exerc�cio da minha atividade p�blica aqui em S�o Bernardo do Campo, muito embora n�o tenha sido solicitado pela administra��o, porque o entendimento n�o � esse, parece-me muito mais tranquilo, muito mais sereno e muito mais coerente que eu tome essa decis�o neste momento”, justificou.


O pr�ximo titular da Sa�de federal afirmou ainda que nunca escondeu ser dono da consultoria. “O meu v�nculo com a empresa nunca foi omitido. Ele � p�blico e not�rio. Quando fui anunciado, em dezembro de 2008, como secret�rio de Sa�de, no meu curr�culo constava minha vincula��o. Sou professor universit�rio e esse fato sempre esteve no resumo do meu curr�culo. Quando tomei posse, por exemplo, foi comunicada a minha vincula��o. Consta na declara��o de Imposto de Renda”, salientou.


O secret�rio ressaltou que, desde 2009, quando assumiu o comando da secretaria no munic�pio paulista, fechou apenas quatro contratos. “N�o s�o clientes exclusivamente do PT. Tive um pequeno contrato com a Prefeitura de Ubatuba, que � administrada por um prefeito do PT, mas � importante que se diga em rela��o aos outros tr�s contratos. Um foi firmado com a Prefeitura de Volta Redonda (RJ), cujo prefeito � do PMDB. O outro em S�o Luiz do Paraitinga (SP), vinculado ao PSDB, e tamb�m Pindamonhangaba (SP), quando a cidade era administrada pelo PPS”, afirmou.


Ele disse ainda que assinou um contrato com o governo federal na �poca em que Jos� Serra (SPDB) era ministro da Sa�de. “Se fosse um empresa vinculada ao PT, nunca ganharia um contrato internacional do Minist�rio da Sa�de na gest�o de Jos� Serra para prestar consultoria para dois estados administrados pelo PSDB”, defendeu-se. Em setembro do ano passado, a promotora Taciana Trevisoli Panagio instaurou inqu�rito civil p�blico para apurar a den�ncia. Ela preferiu n�o adiantar detalhes para n�o atrapalhar a investiga��o.

“Ju�zo” Na ter�a-feira, Chioro teve um encontro reservado com a presidente Dilma Rousseff. Questionado se havia aceitado o convite para assumir o minist�rio, ele n�o confirmou e alegou que “tinha ju�zo”. Ele disse ainda acreditar que n�o ser� processado por improbidade administrativa. “Tenho absoluta convic��o de que haver� o arquivamento desse inqu�rito preliminar, porque n�o h� irregularidade”, disse.

No fim da entrevista, o futuro ministro ressaltou que j� tinha se afastado da empresa quando ocupou um cargo no Minist�rio da Sa�de, no primeiro mandato do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. “Assumi esse cargo pedindo o afastamento da minha participa��o da empresa, observando o que determinava a legisla��o. E assim que deixei o minist�rio, por conta pr�pria, porque iniciei meu doutorado, passei seis meses de quarentena, que nem era necess�ria pela legisla��o. S� em 2006, reassumi o meu papel na empresa.”


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