
O deputado federal Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da For�a Sindical, fundador do partido Solidariedade (SDD), reiterou ontem, durante comemora��o de seu anivers�rio em um clube da capital paulista, que o apoio de sua sigla nas elei��es presidenciais ser� ao senador A�cio Neves, presidente nacional do PSDB, pr�-candidato tucano para disputar o Pal�cio do Planalto. “Quero lhe garantir, A�cio, que o nosso partido vai decidir em pouco tempo, oficialmente, o apoio � sua candidatura”, discursou, dirigindo-se ao tucano. Declarando ter constru�do o Solidariedade na oposi��o – ele era do PDT –, Paulinho avisou que far� “de tudo para tirar o PT do poder”. Na rota da oposi��o, as centrais sindicais ligadas ao Solidariedade tamb�m planejam incentivar e dar for�a a eventuais manifesta��es de rua por causa da Copa do Mundo.
“Acho que as manifesta��es v�o voltar antes da Copa e n�s vamos dar uma m�o”, disse. “Vamos dar uma m�o, j� que o governo Dilma n�o cumpriu nenhum dos compromissos que assumiu conosco”, declarou. “O governo federal est� quebrando as principais empresas do pa�s e permitindo a volta da infla��o”, acrescentou o parlamentar sindicalista, antes do almo�o que reuniu pol�ticos, trabalhadores, al�m do senador A�cio Neves e do governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin. Segundo ele, esses fatores v�o influenciar a insatisfa��o social, que ser� maior em pleno processo eleitoral.
Ao salientar a disposi��o de engrossar em qualquer circunst�ncia a oposi��o � candidatura Dilma Rousseff (PT), o parlamentar sindicalista deixou claro que se em um eventual cen�rio de segundo turno estiverem concorrendo Eduardo Campos (PSB), governador de Pernambuco e pr�-candidato � Presid�ncia da Rep�blica, e Dilma Rousseff, o Solidariedade apoiar� Campos. Em S�o Paulo, Paulinho disse apoiar a candidatura � reelei��o do governador tucano Geraldo Alckmin e, no Rio de Janeiro, a tend�ncia � fechar com o PMDB do governador S�rgio Cabral, que ter� como candidato mais prov�vel ao Pal�cio das Laranjeiras o atual vice-governador, Luiz Fernando Pez�o.
‘IRREAL’ Depois de considerar o Solidariedade “uma esperan�a nova que surge na vida pol�tica brasileira”, A�cio Neves, tamb�m em cr�tica a Dilma Rousseff, afirmou que a presidente, ao discursar em Davos, na Su��a, sobre a economia brasileira, falou sobre um Brasil que n�o � real. “Assistimos � presidente da Rep�blica em Davos falando de um pa�s que, infelizmente, n�o � o nosso. Infelizmente tamb�m as palavras n�o t�m o dom m�gico de mudar a realidade”, declarou o senador mineiro.
A�cio disparou: “A presidente fala que o Brasil � um pa�s que respeita contratos ao mesmo tempo em que assistimos � mais violenta interven��o que o setor el�trico, por exemplo, j� assistiu, para falar apenas em um setor”. O tucano continuou: “A presidente fala que o Brasil sempre busca alcan�ar o centro da meta inflacion�ria. Ela vai terminar o seu �ltimo ano de mandato lutando e contendo pre�os, como os de combust�veis, de transportes, de tarifas de energia, para n�o ultrapassar o teto da meta”. De acordo com A�cio, o “Brasil do discurso da presidente n�o tem conex�o com o Brasil real”. Para ele, o pa�s gera desconfian�a em raz�o do que chamou “manipula��o dos nossos n�meros fiscais”.
Citando o Departamento Intersindical de Estat�sticas e Estudos Socioecon�micos (Dieese), A�cio criticou a alta da infla��o da cesta b�sica. “Vimos uma pesquisa recente, feita em cerca de 10 capitais, onde a cesta b�sica, em todas elas, ultrapassou alta de 10%. No caso de Salvador (BA), chegou a 17% nos �ltimos 12 meses. Onde n�o est� a infla��o?”, questionou. “A fantasia da propaganda oficial n�o consegue mascarar, n�o consegue mudar a realidade”, disse. Para A�cio, o Brasil est� no “fim da fila” daqueles que querem investir. “E a situa��o interna se agrava a cada dia. Seja na maquiagem para se alcan�ar o super�vit prim�rio, seja para se alcan�ar um saldo m�nimo na balan�a comercial. Assistimos no Brasil a uma desconfian�a generalizada”, disse, apregoando acreditar que seja a “hora de a oposi��o voltar a governar o Brasil”.
KASSAB CONFIRMADO O presidente nacional do PSD e ex-prefeito de S�o Paulo Gilberto Kassab falou como candidato durante encontro regional realizado pelo seu partido ontem, em S�o Jos� do Rio Preto, no interior paulista. “J� afirmei que aceitarei a miss�o de, a partir de junho, ser candidato a governador, fazendo essa dobradinha com o Henrique Meirelles, candidato ao Senado”, declarou. Segundo o ex-prefeito, sua campanha n�o ser� afetada pelos esc�ndalos envolvendo sua administra��o, como o da M�fia do ISS. “Estou tranquilo e estarei sempre � disposi��o para esclarecer quaisquer problemas. ”Kassab disse ainda estar t�o confiante na articula��o do PSD que a chapa n�o s� ser� ratificada em junho pela Justi�a Eleitoral, como tamb�m isputar� o segundo turno.