Bras�lia - O cen�rio econ�mico ruim e a expectativa do retorno dos protestos populares durante a Copa do Mundo fazem com que o governo federal, o PT e partidos aliados deem como certo que a elei��o presidencial deste ano s� ser� decidida no 2.º turno.
“A disputa ser� muito dif�cil. N�o temos expectativa de vencer no primeiro turno. Por isso, o patamar dessa campanha � vencer a elei��o”, afirmou o ministro da Secretaria-Geral da Presid�ncia, Gilberto Carvalho, em recente reuni�o para tratar da campanha petista.
O presidente nacional do PT, Rui Falc�o, por interm�dio de sua assessoria, foi na mesma linha de Gilberto Carvalho: disse que n�o trabalha com a possibilidade de vit�ria no primeiro turno. O cen�rio tamb�m tem sido tra�ado pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva nas conversas que vem mantendo com a dire��o do PT e aliados.
O mesmo declarou o vice-presidente da C�mara, deputado Andr� Vargas (PT-PR). “O PT trabalha com o 2.º turno. Mesmo quando o governo Lula deslanchou, em 2006, houve 2.º turno, o que se repetiu na elei��o da presidente Dilma Rousseff. O natural � que haja 2.º turno”.
Muito diferente, portanto, do levantado pelo marqueteiro Jo�o Santana, em outubro, em entrevista � revista �poca. Na ocasi�o, ele previu uma vit�ria f�cil da presidente porque, segundo ele, “ocorrer� uma antropofagia de an�es”. Procurado pela reportagem para falar sobre a possibilidade de vit�ria de Dilma no primeiro turno, por telefone e por e-mail, Santana n�o respondeu se suas previs�es ainda se confirmavam.
� justamente esse cen�rio indefinido que faz com que Lula tenha orientado Dilma a, desde j�, amarrar as alian�as pol�ticas, por meio da reforma ministerial e da concess�o de espa�o nos Estados, para que nenhum dos atuais aliados possa trocar o PT pelas candidaturas advers�rias. Nos �ltimos dias, Rui Falc�o pegou a estrada para resolver pend�ncias em Bras�lia, Recife, Natal, Jo�o Pessoa e Vit�ria.
Os aliados tamb�m j� preveem a disputa em dois turnos. “N�o acredito em vit�ria no primeiro turno. O exemplo est� a� nas tr�s �ltimas elei��es”, disse o l�der do PMDB na C�mara, Eduardo Cunha (RJ). “Acho que vai ter 2.º turno”, declarou o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI).
Oposi��o. Principais candidatos da oposi��o, A�cio e Campos fizeram pacto de n�o agress�o como estrat�gia para levar a disputa ao 2.º turno. O alvo de ambos ser� �nico: Dilma. “Vamos conversar sempre. N�o existe entre n�s a possibilidade de uma briga. Ningu�m vai ousar mais do que recomenda a disputa saud�vel”, disse Campos � reportagem.
Ele disse ainda ter feito acordo com a ex-ministra Marina Silva para enquadrar todas as alas da Rede, que se abriga no PSB, e que, vez por outra, amea�am uma crise na coliga��o. Na quinta-feira, 23, Marina desautorizou a ala mineira da Rede que atacou a alian�a com o PSDB.
Para A�cio, o 2.º turno � certo. “Quando n�o h� uma convic��o clara a favor da manuten��o do governo, a popula��o aposta no segundo turno. � o que vai ocorrer. O �ndice de aprova��o do atual governo e aquele que aponta os que querem mudan�a indicam isso”, afirmou � reportagem.