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Estado de Minas

Governo portugu�s sabia de visita de Dilma desde dia 23

Dilma e comitiva desembarcaram em Lisboa, onde jantaram em um dos restaurantes mais badalados da cidade e se hospedaram nos hot�is Ritz e Tivoli - 45 quartos foram usados


postado em 28/01/2014 08:19 / atualizado em 28/01/2014 08:52

Bras�lia - Tratada como segredo de Estado pelo Pal�cio do Planalto, a passagem da presidente Dilma Rousseff por Portugal j� estava confirmada e foi comunicada ao governo local na quinta-feira, 23, o que contradiz o ministro das Rela��es Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, segundo quem a decis�o de parar em Lisboa s� foi tomada “no dia da partida” da Su��a, no s�bado passado.

Dilma ficou na Su��a, durante o F�rum Econ�mico Mundial, de quinta-feira a s�bado. Seu destino seguinte, segundo a agenda oficial, seria Cuba, onde est� nesta ter�a-feira. A presidente e sua comitiva, por�m, desembarcaram em Lisboa, onde passaram o s�bado e a manh� de domingo. Jantaram em um dos restaurantes mais badalados da cidade e se hospedaram nos hot�is Ritz e Tivoli - 45 quartos foram usados. Nada foi divulgado � imprensa.

Ap�s o jornal O Estado de S. Paulo revelar o paradeiro de Dilma no s�bado, 25, o Pal�cio do Planalto afirmou que se tratava de uma “parada t�cnica” n�o prevista. A vers�o foi dada primeiro pela ministra Helena Chagas (Comunica��o Social), no fim de semana, e reiterada ontem por Figueiredo, em Havana.

Pela vers�o oficial, o plano era sair da Su��a no s�bado, parar nos Estados Unidos para abastecer as duas aeronaves oficiais e chegar a Cuba no domingo. Mas o mau tempo teria obrigado a comitiva a mudar de planos na v�spera e desembarcar em Lisboa.

Desde quinta, por�m, o diretor do cerimonial do governo de Portugal, embaixador Almeida Lima, estava escalado para recepcionar Dilma e sua comitiva no fim de semana. Joachim Koerper, chef do restaurante Eleven, onde Dilma jantou em Lisboa com ministros e assessores, recebeu pedidos de reserva na quinta-feira.

O chef postou em uma rede social uma foto ao lado de Dilma no restaurante - um dos poucos de Lisboa a ter uma estrela no Guia Michelin, um das mais tradicionais publica��es sobre viagens do mundo.

Mal-estar


A divulga��o da parada em Lisboa aborreceu Dilma e criou mal-estar quando ela desembarcou em Havana. Ontem, o ministro das Rela��es Exteriores foi destacado para falar � imprensa sobre o assunto. Primeiramente, repetiu a vers�o oficial: “Havia duas possibilidades: ou o nordeste dos Estados Unidos, ou parando em Lisboa, onde era o ponto mais a oeste do continente. Viu-se que havia previs�o de mau tempo com marolas polares no nordeste dos Estados Unidos. Ent�o houve uma decis�o da Aeron�utica de que o voo mais seguro seria com escala em Lisboa”.

Depois disse que cada um dos integrantes da comitiva presidencial que jantaram no Eleven pagou sua pr�pria despesa. “Cada um pagou o seu e a presidenta, o dela, como ocorre em todas as viagens. Foi com cart�o pessoal.”

A Secretaria de Comunica��o do Pal�cio do Planalto se limitou a informar que, “por quest�es de seguran�a”, “n�o tece coment�rios sobre detalhamentos das equipes, cabendo apenas ressaltar que elas s�o compostas a partir de crit�rios t�cnicos e adequadas �s necessidades espec�ficas previstas para cada viagem”.

A ida de Dilma a Lisboa s� passou a constar da agenda oficial da presidente �s 13h50 de domingo, hor�rio de Bras�lia, quase 24 horas depois de a presidente chegar � capital portuguesa. Naquela hora a presidente j� tinha decolado em dire��o a Havana.

Oposi��o

L�deres da oposi��o classificaram o epis�dio como “mau exemplo” de Dilma. Criticaram o fato de a viagem n�o ter sido divulgada e o pre�o do hotel onde a presidente ficou. Na tabela, o pernoite numa su�te do Ritz custa R$ 26 mil.


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