
Antes mesmo de assumir o cargo, o futuro ministro da Sa�de j� � alvo de contesta��es, devido ao fato de ele ter mantido uma consultoria na �rea de sa�de enquanto foi secret�rio no mesmo setor. Apesar de um poss�vel conflito de interesses, Chioro negou qualquer irregularidade. Ap�s o Correio revelar que o secret�rio � alvo de uma investiga��o no Minist�rio P�blico de S�o Paulo, ele se desligou da empresa e transferiu sua cota, de 98%, para a mulher, Roseli Regis dos Reis. “N�o h� nenhuma irregularidade no fato de, como secret�rio de Sa�de, ser s�cio de uma empresa que presta consultoria na �rea. Por seu car�ter t�cnico, ela n�o tem nenhuma vincula��o pol�tico-partid�ria. Ou seja, tem clientes de todas as for�as partid�rias. Meu v�nculo com a empresa nunca foi omitido”, justificou, na semana passada.
A disputa pelo minist�rio foi acirrada. O atual ministro, Alexandre Padilha, que sai para concorrer ao governo de S�o Paulo pelo PT, batalhou para fazer do sucessor o secret�rio de Gest�o do Trabalho e Educa��o na Sa�de, Mozart Salles, que comandou o programa Mais M�dicos. Outro que chegou a ser cogitado foi o secret�rio de Aten��o � Sa�de, Helv�cio Magalh�es.
A principal jogada dessa reforma � a indica��o de Mercadante para o lugar da ministra Gleisi Hoffmann. A senadora licenciada disse, no fim de dezembro, que pediu para deixar o cargo ainda em janeiro a fim de amadurecer a ideia de se candidatar ao governo do Paran� pelo PT. Para o papel-chave no governo e, em ano eleitoral, tamb�m foi cogitado o secret�rio-executivo do Minist�rio da Previd�ncia Social, Carlos Eduardo Gabas. Mercadante, mesmo � frente da Educa��o, j� atuava nos bastidores como articulador pol�tico da presidente.
Com a sa�da dele da Educa��o, o n�mero dois da pasta assumir� as r�deas do minist�rio. Paim � secret�rio executivo do MEC desde 2006. Antes de assumir a o cargo, ele foi, por dois anos, presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa��o (FNDE).
NA FILA A inten��o da presidente � terminar a reforma at� o carnaval, no in�cio de mar�o. Na lista das mudan�as ainda est�o as pastas da Integra��o Nacional, das Cidades, do Turismo, do Desenvolvimento, de Rela��es Institucionais, do Desenvolvimento Agr�rio e a Secretaria dos Portos.
A dan�a das cadeiras na Esplanada tamb�m tem sido vista como uma ferramenta para a acomodar aliados. O PMDB, principal apoiador do governo, pede mais espa�o, mas Dilma estuda dar lugar a novos partidos da base, como o Pros. Ontem, o governador do Cear�, Cid Gomes (Pros), negou que seu irm�o Cid Gomes tenha sido sondado para assumir um minist�rio e afirmou que o Pros n�o est� em busca de uma pasta. “Eu n�o tenho nem nunca tive apetite por minist�rio”, disse Cid, ap�s encontro com Mecadante.