Bras�lia, 03 - De passagem pela cidade de Cascavel, no Paran�, o presidente do PSDB, senador A�cio Neves (MG), considerou nesta segunda-feira, 03, a reforma ministerial iniciada pela presidente Dilma Rousseff como um retrocesso e um modelo de "governismo de coopta��o". Dilma deu posse no in�cio da tarde desta segunda a Aloizio Mercadante na Casa Civil, a Arthur Chioro na Sa�de, Jos� Henrique Paim na Educa��o e Thomas Traumann na Secretaria da Comunica��o Social.
"� uma reforma que anda para tr�s, uma reforma que atende ao interesse do partido e, provavelmente, nos pr�ximos dias dos aliados. Porque n�o temos um governismo de coaliz�o, como se estabeleceu chamar essa ampla e heterog�nea alian�a que conduz o Brasil. N�s temos, na verdade, um governismo de coopta��o", disse o tucano, poss�vel advers�rio de Dilma na pr�xima disputa presidencial. Para o senador, Dilma apenas tem focado suas a��es na agenda eleitoral deste ano.
"Infelizmente, a l�gica que rege as a��es do governo n�o � do interesse nacional, � do interesse eleitoral. J� dizia isso h� algum tempo e reitero hoje: h� mais de ano n�o temos uma presidente da Rep�blica full time. Temos uma candidata � presidente da Rep�blica full time, com uma agenda quase que toda focada na reelei��o e talvez o ponto alto seja este: uma reforma onde os feudos do PT s�o garantidos", afirmou.
O tucano tamb�m aproveitou a ocasi�o para atacar a gest�o da petista no comando do Pa�s. "O governo da presidente da Rep�blica falhou na condu��o da economia, falhou na condu��o e na gest�o do Pa�s, especialmente no que diz respeito � infraestrutura, j� que demonizou durante mais de 10 anos as privatiza��es e as concess�es e as faz agora de forma atabalhoada, e n�o permitiu que nossos indicadores sociais, em especial na sa�de, na educa��o e tamb�m na seguran�a p�blica melhorassem, ao contr�rio, pioraram e pioraram muito". Sem dar detalhes, o presidente do PSDB afirmou que o partido apresentar� ao Brasil "uma nova e ousada agenda onde efici�ncia e �tica possam caminhar juntas".
A�cio tamb�m aproveitou a passagem pelo Paran�, comandado por Beto Richa (PSDB), para reverberar os recentes ataques do governador ao governo federal. Segundo Richa, o governo Dilma "descrimina" o Estado na aplica��o de recursos. "� inexplic�vel, injustific�vel que haja persegui��o a qualquer Estado da Federa��o, quanto mais um Estado da import�ncia do Paran�, da tradi��o do Paran�", afirmou A�cio.
O tucano tamb�m falou sobre o Programa Mais M�dicos, uma das vitrines do governo que a presidente Dilma deve utilizar durante a campanha eleitoral. "Esse programa � claramente muito mais uma pe�a de marketing, porque o mesmo governo que traz m�dicos para atuarem no Brasil - e sempre defendi que eles pudessem vir, mas passando pelo Revalida - � o governo que fechou, nos �ltimos dois anos, 13 mil leitos hospitalares, � o governo que, no Congresso Nacional, e est� aqui o senador �lvaro Dias que foi para a tribuna v�rias vezes defender maior investimento na sa�de p�blica, com o governo que impediu a aprova��o de todas as propostas que permitiriam um aumento maior do financiamento da sa�de".