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Estado de Minas

M�dica cubana vai permanecer na C�mara at� resposta de asilo pol�tico

Ramona Rodriguez desistiu do programa porque sentiu-se enganada ao descobrir que recebia apenas US$ 400 enquanto m�dicos de outras nacionalidades recebiam cerca de R$ 10 mil


postado em 05/02/2014 14:23 / atualizado em 05/02/2014 13:49

A m�dica cubana Ramona Matos Rodriguez, que n�o quer mais integrar as equipes do Programa Mais M�dicos, vai permanecer na C�mara dos Deputados at� o governo responder o pedido de asilo pol�tico. Ramona est� desde quarta-feira na sala da lideran�a do DEM na C�mara dos Deputados, onde passou a noite.

“Fui enganada pelo governo de Cuba. Fizeram-me assinar um contrato com um valor e quando vim para c� e falei com outros m�dicos colombianos e venezuelanos soube que eles estavam recebendo R$ 10 mil”, contou ela, que trabalhava no munic�pio de Pacaj� (PA).

O contrato assinado pela cubana prev� um pagamento de US$ 400 (pouco mais de R$ 900). Outra parcela de US$ 600 seria depositada em uma conta em Cuba. “Compreendi que isso n�o est� certo. Aqui tem muita internet, muita informa��o.”

Os m�dicos cubanos atuam no Brasil em regime diferente dos que se inscreveram individualmente no Mais M�dicos. O Minist�rio da Sa�de brasileiro firmou acordo com a Organiza��o Pan-Americana da Sa�de (Opas) para que a entidade internacional busque parcerias para a vinda de m�dicos ao pa�s. No acordo, os repasses financeiros s�o feitos do Minist�rio da Sa�de para a Opas, da Opas para o governo cubano, que paga os m�dicos.

Ramona ainda contou que desde que chegou ao Brasil – no final do ano passado, como uma das m�dicas da segunda equipe enviada por Cuba para o Mais M�dicos – vem sendo vigiada por outros m�dicos cubanos. “Eu percebia [que estava sendo vigiada]. Tinha que falar tudo, para onde ia e n�o podia ir para qualquer lugar”, disse. “As pessoas podem pensar muitas coisas, mas n�o podem falar. Se falar tudo o que estou contando, ela vai ser deportada para Cuba e ser presa”, acrescentou.

A cubana chegou a Bras�lia no �ltimo s�bado (1º), de carro, depois de sair do alojamento onde prestava servi�os m�dicos no munic�pio paraense. Ela conta que teve ajuda de amigos brasileiros, cubanos e de outros estrangeiros. Para n�o levantar suspeitas, a m�dica contou, �s colegas que dividiam a mesma casa, que iria � zona rural.

Quando chegou a Marab�, conseguiu embarcar em um voo direto para Bras�lia. Como os profissionais que s�o enviados para o Brasil, Ramona estava com passaporte e, por isso, n�o teve problemas para embarcar. Ela ficou dois dias na casa de um amigo antes de chegar � C�mara. Segundo a m�dica, agentes da Pol�cia Federal (PF) foram ao alojamento � procura dela e interceptaram algumas liga��es.

O l�der do DEM, Mendon�a Filho (PE), disse que o partido j� solicitou uma audi�ncia com o ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, para que o governo possa explicar a atua��o da PF. O encontro est� confirmado para o in�cio da tarde. Cardozo dar� coletiva �s 13h sobre o caso.

Mendon�a Filho disse ainda que a assessoria jur�dica do partido deve concluir at� o fim da tarde o pedido de asilo da cubana. A expectativa � protocolar o documento ainda hoje (5) no Comit� Nacional para os Refugiados (Conare) do Minist�rio da Justi�a.


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