Bras�lia, 05 - Em seu primeiro discurso no plen�rio do Senado ap�s deixar a chefia da Casa Civil da Presid�ncia da Rep�blica, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) se dirigiu ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e criticou os ataques que ele tem disparado contra o governo. "� lament�vel quando essa candidatura � lan�ada e carece de prop�sito, de conte�do e de uma causa e baseia-se praticamente em situa��es e manifesta��es de hipocrisia, de oportunismo e de ingratid�o", destacou a ex-ministra.
Ap�s agradecer a acolhida dos colegas em seu retorno ao Legislativo, Gleisi voltou a classificar como oportunismo a afirma��o de Campos de que o Pa�s est� "fora do trilho". "Grande parte do sucesso do governador de Pernambuco baseia-se nos aportes e no apoio financeiro que a Uni�o deu �quele Estado, por isso � injustific�vel que o Estado de Pernambuco, sendo dos que mais receberam recursos da Uni�o, esteja hoje na frente entre os d�ficits estruturantes, o d�ficit prim�rio, entre todos os Estados brasileiros", acrescentou.
Sobre as alfinetadas do governador acerca da constru��o de alian�as implementada por Dilma e pelo PT para a campanha � reelei��o, Gleisi rebateu: "At� porque o pr�prio governador faz uso dessas articula��es pol�ticas para tentar viabilizar sua candidatura". A senadora citou que em seu Estado, Paran�, o PSB tem alian�as com o PSDB e com o DEM; no Esp�rito Santo, acrescentou Gleisi, � coligado ao PT. "Qual a nova pol�tica que se est� praticando?", questionou.
A ex-ministra atribuiu, ainda, o sucesso pol�tico de Campos ao apoio e prest�gio de Lula e Dilma. "N�o foram poucas as vezes que o presidente Lula o chamou de filho, e n�o foram poucas as vezes, muitas, em que o presidente Lula o apoiou em diversas caminhadas, inclusive tendo ele como part�cipe de nosso governo", concluiu.
Quase imediatamente ap�s a manifesta��o de Gleisi, a equipe do governador de Pernambuco entrou em campo para defend�-lo. O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), principal nome de Campos no Congresso, disse que o Pa�s est� vivendo, com Dilma, uma gest�o pior do que vivenciou � �poca do ex-presidente Lula. "N�o podemos concordar com um governo que exibe n�meros vergonhosos", afirmou o senador em plen�rio.