Integrantes da Executiva Nacional do PTB decidiram nesta quinta-feira, 6, que n�o pretendem indicar nenhum nome para compor o governo da presidente Dilma Rousseff na reforma ministerial deste ano. A decis�o ocorre um dia depois de o PMDB da C�mara se rebelar contra o Pal�cio do Planalto e em documento tamb�m tomar a mesma iniciativa de n�o querer indicar um nome para integrar a equipe do atual governo.
"O PTB abre m�o da indica��o. N�o foi chamado oficialmente mas se for n�o vai indicar", disse o presidente nacional do PTB, Benito Gama. Na dan�a das cadeiras da Esplanada dos Minist�rios, ele estava cotado para assumir o minist�rio do Turismo.
Segundo Benito Gama, a decis�o foi tomada ap�s consulta por telefone com outros integrantes da Executiva Nacional do PTB. Apesar de abrir m�o da indica��o, Gama afirma que a legenda continuar� apoiando a candidatura � reelei��o da presidente Dilma. Foi o segundo gesto de "desembarque" tomado por um partido da base aliada nas �ltimas 24h.
PMDB
Entre os peemedebistas chama a aten��o o fato de Dilma s� ter conversado sobre a reforma ministerial com o vice Michel Temer na segunda-feira, 3. Depois disso, os dois n�o se encontraram mais. A avalia��o � a de que Dilma poderia estar aborrecida com Temer, por ele ter avalizado a decis�o tomada pelo PMDB da C�mara na quinta, quando a bancada decidiu n�o mais indicar os substitutos dos ministros da Agricultura, Ant�nio Andrade, e do Turismo, Gast�o Vieira, que v�o sair para disputar as elei��es.
Dilma contou a Sarney que n�o tem pressa para resolver a quest�o da reforma ministerial. E deste ouviu a pondera��o para que tenha paci�ncia com o PMDB, porque n�o haveria risco de um rompimento de rela��es da legenda com o governo. Apenas a press�o normal que a legenda sempre exerce. O l�der do partido na C�mara, Eduardo Cunha (RJ), disse ao Estado, no entanto, que o partido ser� fiel para evitar preju�zos fiscais e que, nos outros casos, verificar� o que fazer. "Continuamos apoiando o governo, principalmente nos temas de impacto fiscal. Nos demais, a bancada decidir� cada tema, a cada semana, como sempre foi".