Protagonista do evento da dire��o nacional do PPS, realizado em Bras�lia nesta sexta-feira o governador Eduardo Campos (PSB) se esquivou das perguntas feitas sobre a constru��o de uma alian�a com o senador A�cio Neves (PSDB) em um eventual segundo turno da disputa presidencial deste ano.
Ao responder sobre o tema, Campos evitou dar como certa a dobradinha com os tucanos no segundo turno, mas ressaltou a proximidade com o presidente do PSDB. Segundo o governador, a rela��o foi fortalecida na elei��o de Belo Horizonte, quando A�cio foi o principal apoiador do nome de M�rcio Lacerda (PSB).
"Essa forma de fazer pol�tica o Brasil v� hoje com mais alegria, que � conviver com os diferentes. A vida inteira aprendi a conviver com os diferentes, respeitar os diferentes", afirmou Campos. "Estou tranquilo, n�o estamos no tempo de falar no segundo turno porque n�o come�ou nem o primeiro turno. Estamos em pr�-campanha. Fazer o debate qualificado, vai dar tudo certo at� a elei��o", acrescentou.
Em outro momento, ele foi questionado pelos integrantes do PPS sobre a avalia��o que fazia sobre o n�mero de minist�rios criados pelo atual governo. " Virou um consenso nacional de que temos minist�rios demais. Precisamos fazer um debate, quem sabe reduzir � metade. Perceber que o Estado brasileiro est� muito distante da cidadania. Em alguns Estados e munic�pios h� a tentativa de aproximar o Estado do Brasil real, que exigiu dos gestores capacidade de atuar dentro de alguns limites", disse o governador de Pernambuco.
O evento de hoje foi feito em clima de pr�-campanha e Eduardo Campos aproveitou tamb�m para criticar a condu��o do atual governo na �rea econ�mica. O pernambucano defendeu um "novo ciclo pol�tico" para o Pa�s.
"N�s come�amos a viver um tempo em que o Brasil desacelerou, a sensa��o que passa � sociedade brasileira � a de que n�s paramos e que o Brasil interrompeu um ciclo em que as pessoas percebiam, com acertos e erros, que est�vamos acumulando conquistas em setores importantes na sociedade", afirmou Campos na abertura do evento. "No momento em que o Brasil inaugura o quarto ano da gest�o que est� a�, notamos que paralisou, que o rumo estrat�gico n�o est� sendo perseguido e colocamos em risco as conquistas dos �ltimos 30 anos", acrescentou.
O governador defendeu que deve haver "humildade" para ouvir as demandas da popula��o e usou um dos motes que devem fazer parte da campanha de que o Pa�s n�o deve ser "dividido". "Acho que temos que discutir a produtividade da economia, qualidade de vida nos grandes centros urbanos, quest�o do campo brasileiro, quest�o da energia. Quem quer discutir essas quest�es centrais tem que fazer com muito equil�brio. Acho que a gente n�o precisa dividir o Brasil. Acho pelo contr�rio a gente precisar unir os brasileiros", afirmou.
Campos se esquivou ao ser questionado sobre uma poss�vel candidatura do ex-presidente Lula na campanha deste ano � Presid�ncia da Rep�blica. "N�o estamos discutindo a candidatura de outros partidos. Estamos discutindo neste momento o pensamento e as propostas desses partidos que est�o reunidos: PPS, PSB, e Rede, para apresentar ao Brasil uma alternativa".
Sobre a alian�as do partido nos Estados, Campos afirmou que somente ap�s o dia 15 a Executiva Nacional dever� tratar sobre o tema. "A pauta do povo neste momento n�o � a montagem dos palanques estaduais", disse. "Problemas regionais ser�o discutidos pelas dire��es regionais. No dia 15 mar�o voltar� � pauta nacional o quadro de cada Estado. At� l� n�o vamos nos posicionar sobre quest�es que s�o pr�prias dos Estados".