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Estado de Minas

Delegados da Pol�cia Federal aumentam problemas do governo durante a Copa do Mundo

Insatisfa��o de grupo de delegados que quer a corpora��o fora da Copa do Mundo refor�a os entraves � seguran�a do torneio, que ser� realizado em junho e julho em 12 capitais


postado em 17/02/2014 06:00 / atualizado em 17/02/2014 07:10

Confronto entre policiais militares e manifestantes em BH: governo teme protestos violentos durante a Copa e vai reforçar segurança (foto: Marcos Michelin/EMM/D.A Press)
Confronto entre policiais militares e manifestantes em BH: governo teme protestos violentos durante a Copa e vai refor�ar seguran�a (foto: Marcos Michelin/EMM/D.A Press)

Bras�lia – A quatro meses da Copa do Mundo, com o governo dependendo do Congresso para aprovar leis mais duras contra protestos violentos e atraso na constru��o dos Centros Integrados de Comando e Controle (CICCs), conforme mostrou o Estado de Minas na edi��o desse domingo, a seguran�a no torneio tem outra pend�ncia: a insatisfa��o de delegados da Pol�cia Federal (PF). Eles se reunir�o em abril, em Vila Velha (ES), para discutir o assunto. Um grupo conseguiu incluir entre os temas do encontro a proposi��o de que a PF n�o atue em grandes eventos, alegando desvio da fun��o investigativa. A falta de uma divis�o clara de tarefas com o Ex�rcito � outro ponto que acirra ainda mais a disputa interna travada pelos dois �rg�os por mais verbas.

Presidente da Associa��o Nacional dos Delegados de Pol�cia Federal (ADPF), Marcos Le�ncio Ribeiro confirmou que o assunto est� na pauta da reuni�o. Ele disse, por�m, n�o acreditar na vit�ria, que tem de ser chancelada por pelo menos 65% dos delegados, da proposta que prev� uma Copa sem a PF. “Em geral, a maior parte da associa��o acredita que a PF deve participar dos grandes eventos, mas h� debate sobre como deve se dar essa participa��o”, afirma Le�ncio. “Hoje, h� v�rios delegados atuando na seguran�a das delega��es das sele��es. Uma corrente concorda, outra acha que o delegado n�o deveria ir para a rua, mas sim fazer a coordena��o. Isso ser� debatido e todas as delibera��es ser�o apresentadas ao diretor-geral (da PF), ao Minist�rio da Justi�a, � presidente da Rep�blica ou em forma de um projeto de lei ao Congresso Nacional, dependendo de cada assunto.”

Para piorar o quadro, permanece sem solu��o a briga entre PF e Ex�rcito, travada desde os Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro, realizados em 2007, sobre o comando da seguran�a em grandes eventos no Brasil. Desde que a presidente Dilma Rousseff sinalizou, ainda em 2012, que colocaria mais poder e or�amento nas m�os do Minist�rio da Defesa, diante da greve realizada � �poca pela PF, a briga se acirrou – embora, oficialmente, o discurso seja de trabalho em sintonia. “Essa queda de bra�o continua existindo, porque grandes eventos s�o vistos pelas institui��es como uma grande oportunidade para se modernizar. A verdade � que ficam brigando, at� criticando a atua��o do outro, para conseguir mais recursos”, diz Le�ncio.

Recursos

Na PF, h� um sentimento de injusti�a, a cada repasse destinado pelo governo ao Minist�rio da Defesa no bojo da seguran�a nos grandes eventos – sobretudo por meio dos projetos de defesa cibern�tica e combate ao terrorismo. “As For�as Armadas v�m recebendo mais recursos para ficar de stand by. Quer dizer, s� se acontecer um problema � que o Ex�rcito entra. E quando entra, ainda h� a falta de esclarecimento sobre onde termina defesa nacional e come�a seguran�a p�blica”, diz Le�ncio. A tradi��o de comando das For�as Armadas � algo que incomoda os policiais federais. Nos bastidores, integrantes da PF comentam que, dentro de salas de controle na Copa das Confedera��es, o clima era carregado. O ponto de tens�o, quando havia atua��o pr�tica conjunta com militares, era a quest�o do comando.

Depois de uma atua��o elogiada pela presidente Dilma Rousseff na Rio+20, em meados de 2012, o Ex�rcito ganhou pontos com o Planalto. Com um calend�rio de grandes eventos pela frente, que s� terminam com os Jogos Ol�mpicos do Rio de Janeiro, em 2016, a briga com a PF se tornou mais intensa. Para ter uma ideia, em menos de tr�s anos de exist�ncia, a Secretaria de Seguran�a de Grandes Eventos (Sesge) tem o terceiro chefe, o delegado da PF Andrei Augusto Passos Rodrigues. Ele assumiu a Sesge, que � vinculada ao Minist�rio da Justi�a, depois que o antecessor, delegado Valdinho Jacinto Caetano, renunciou ao comando depois de uma crise com o Minist�rio da Defesa. O perfil conciliador de Rodrigues pesou na escolha da presidente, al�m do fato de o policial ter feito a seguran�a de Dilma na campanha de 2010.

S�timo dia

O arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, defendeu ontem o direito de manifesta��es dos cidad�os sem viol�ncia na celebra��o da missa de s�timo dia em homenagem ao cinegrafista Santiago Andrade. O funcion�rio da Band morreu na �ltima segunda-feira depois de ser atingido por um roj�o na cabe�a durante protesto contra o aumento da passagem de �nibus municipais, no Centro do Rio. Cerca de 50 pessoas participaram da missa na Catedral.

 


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