
Na manh� desta quarta-feira, o deputado Eduardo Azeredo falou por telefone com a reportagem em.com.br. sobre a ren�ncia. Ele estava em casa, em Belo Horizonte, e confirmou a decis�o de abrir m�o do mandato, mas n�o quis entrar em detalhes sobre o assunto. "N�o quero falar muito n�o. O Pestana (Marcus Pestana, deputado federal e presidente do PSDB em Minas) vai fazer um pronunciamento", disse o parlamentar. Perguntado se estava sendo injusti�ado, Azeredo respondeu enf�tico: "Completamente, estou sendo responsabilizado por atos de 2º e 3º escal�es".
Orquestrado
De Bras�lia, o deputado federal Marcus Pestana tamb�m falou por telefone com o em.com.br. Pestana informou que estava preparando o discurso que far� da tribuna da C�mara, marcado para as 17h30 desta quarta-feira. "Ser� um discurso de desagravo, lembrando o passado honrado e de homem de bem dele", afirmou Pestana.
O deputado recha�ou a hip�tese de a iniciativa de Azeredo fazer parte de uma a��o orquestrada por lideran�as tucanas. "Isso n�o � verdade, foi uma decis�o individual dele, corajosa e de desprendimento, de quem quer que tudo seja apurado", reagiu Pestana.
Pestana tamb�m negou que a ren�ncia visa o julgamento do processo pela Justi�a comum, longe dos holofotes do Supremo Tribunal Federal. ""Tamb�m n�o � verdade, caber� ao Supremo decidir isso", afirmou.
Com a ren�ncia, o processo - pevisto para ser julgado julgado pelo STF -, pode ficar sob responsabilidade do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais, uma vez que Azeredo perde o foro privilegiado conferido pelo mandato parlamentar.
Den�ncia
No �ltimo dia 7, o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, enviou ao STF as alega��es finais do processo contra o tucano, pedindo a condena��o de Azeredo a 22 anos de pris�o. Ele teria desviado recursos do Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge), j� extinto, e das empresas p�blicas, Copasa e Cemig, para sua campanha � reelei��o ao governo de Minas, em 1998. Em valores atuais, seriam cerca de R$ 9 milh�es.