O l�der do PT na C�mara dos Deputados, Vicentinho (SP), saiu nesta quinta-feira, 20, em defesa do corte or�ament�rio anunciado mais cedo pelo Executivo. Para o petista, a medida demonstra o "zelo" do governo com o controle da infla��o e respeito pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). "� como uma dona de casa, uma fam�lia que � obrigada a cortar os gastos para enfrentar o m�s", comparou.
Na manh� desta quinta, o governo anunciou um corte de R$ 44 bilh�es no or�amento da Uni�o. O Executivo pretende perseguir uma meta de super�vit prim�rio das contas do setor p�blico de R$ 99 bilh�es, o equivalente a 1,9 % do Produto Interno Bruto (PIB). "Contingenciamento n�o quer dizer corte absoluto at� o final do ano", afirmou.
Vicentinho ressaltou que os cortes s�o lineares e disse esperar que a medida n�o cause transtornos para o governo no Congresso Nacional. Ele rebateu as cr�ticas da oposi��o de que, ao cortar as emendas parlamentares, o Planalto descumpre acordo com os partidos. "O principal acordo � com o povo", respondeu. O l�der chegou a dizer que o corte n�o atingia a �rea social, mas depois voltou atr�s. "� um corte coerente em todos os segmentos", emendou.
O governo reduziu em R$ 13,3 bilh�es a previs�o de emendas de parlamentares no Or�amento, que passou para R$ 6,462 bilh�es. O documento de programa��o or�ament�ria informa que a libera��o de limite para as emendas individuais ser� de R$ 6,510 bilh�es, sendo 50% na �rea da sa�de. Estimava-se anteriormente que as emendas impositivas chegassem a R$ 7,8 bilh�es.
J� o presidente da C�mara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), se mostrou apreensivo com o an�ncio. "Isso n�o � uma boa not�cia para as emendas impositivas. Vamos ver se � uma coisa linear, que atinge a todos. Vamos examinar", disse.