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Estado de Minas

Conselho de �tica pode notificar deputado do PT por acusa��es a m�dica cubana

A partir de um relat�rio do Conselho Municipal de Sa�de de Pacaj�, onde a m�dica trabalhava, o deputado reproduziu informa��es de que ela ingeria bebidas alco�licas


postado em 21/02/2014 13:43

O Conselho de �tica da C�mara pode intimar o deputado Z� Geraldo (PT-PA) para que ele explique o discurso que fez em plen�rio no �ltimo dia 5, quando falou sobre a situa��o da m�dica cubana Ramona Rodriguez, que abandonou o Programa Mais M�dicos e pediu ref�gio no Brasil.

Com uma nota em m�os, enviada pelo Conselho Municipal de Sa�de de Pacaj�, no Par�, onde Ramona atuava pelo programa brasileiro, o parlamentar reproduziu observa��es feitas pelo presidente do �rg�o local. Autoridades de Pacaj� relataram que Ramona ingeria bebida alco�lica e tentou levar pessoas que conhecia na cidade para o alojamento que dividia com outras duas m�dicas estrangeiras.

Z� Geraldo tamb�m questionou a interfer�ncia pol�tica do DEM no caso. Ramona procurou a ajuda jur�dica do partido para tentar asilo no Brasil e obter indeniza��o por perdas trabalhistas. O l�der do DEM, Mendon�a Filho (PE), considerou a fala ofensiva e encaminhou uma den�ncia contra Z� Geraldo � Corregedoria Parlamentar da Casa. A acusa��o ainda precisa ser analisada pelo presidente da C�mara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

“S� informaram o valor do pagamento tr�s dias antes da viagem”, diz cubana
Se Alves considerar a acusa��o admiss�vel, o deputado ser� notificado e ter� cinco dias para explicar suas declara��es e, em 45 dias, a Corregedoria Parlamentar ter� que analisar os fatos. Dependendo do resultado, Z� Geraldo pode ser notificado e ter� que responder ao Conselho de �tica da Casa.

A m�dica, que est� hospedada em um apartamento da C�mara dos Deputados cedido para uso do DEM, entrou com processo na Justi�a do Par�, h� uma semana, pedindo indeniza��o de R$ 149 mil em direitos trabalhistas e danos morais. As declara��es de Z� Geraldo foram feitas um dia depois que Ramona Matos Rodriguez falou publicamente, pela primeira vez, sobre a sa�da do Mais M�dicos e o sentimento de ter sido enganada pelo governo de Cuba.

Ramona saiu de Pacaj� no dia 1º de fevereiro e viajou para Bras�lia, onde dormiu na primeira noite na sala da Lideran�a do DEM na C�mara, antes de ser acomodada no apartamento funcional. Pelo contrato assinado por ela, a m�dica receberia no Brasil um pagamento de US$ 400 (pouco mais de R$ 900) e outra parcela de US$ 600 seria depositada em uma conta em Cuba. Segundo ela, outros m�dicos estrangeiros relataram que estavam recebendo integralmente o valor de R$ 10 mil.

Representantes do governo brasileiro explicaram que os m�dicos cubanos atuam no Brasil a partir de acordo assinado com a Organiza��o Pan-Americana da Sa�de (Opas), em regime diferente dos que se inscreveram individualmente no Mais M�dicos. Pelo contrato com a Opas, o repasse dos valores pelo Minist�rio da Sa�de � feito � entidade, que repassa o dinheiro para o governo cubano.

Z� Geraldo disse � Ag�ncia Brasil que a inten��o n�o foi atacar a vida pessoal de Ramona. “A �nica coisa que falei foi da embriaguez, mas citei muito mais o embate pol�tico. N�o tenho nada a ver com vida pessoal, mas com o envolvimento do DEM neste caso”, criticou.

O parlamentar admitiu que declarou em plen�rio que o DEM deveria “arrumar um emprego para ela” em vez de criticar o programa. “A m�dica n�o est� saindo de Pacaj� porque foi mal acolhida pelo programa, mas porque se incompatibilizou com as autoridades e a popula��o local”, explicou. Ele alegou ainda que est� sendo criticado “porque publicaram mais do que eu falei”.


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