O procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, pediu nesta quinta-feira que a condena��o do ex-deputado Jo�o Paulo Cunha a tr�s anos de pris�o pelo crime de lavagem de dinheiro seja mantida. Ap�s a argumenta��o de Janot, a sess�o foi encerrada e os votos dos ministros ser�o proferidos na sess�o do dia 13 de mar�o.
Jo�o Paulo Cunha foi condenado a tr�s anos de pris�o por lavagem de dinheiro por ter recebido R$ 50 mil reais, que foram liberados pelo publicit�rio Marcos Val�rio e pagos em uma ag�ncia do Banco Rural de Bras�lia, em 2003. Na �poca, o ex-deputado ocupava a presid�ncia da C�mara dos Deputados e enviou a mulher para sacar o dinheiro.
Segundo Janot, ficou comprovado que Cunha dissimulou a origem do dinheiro recebido pelo publicit�rio Marcos Val�rio ao enviar a mulher para sacar a quantia. Para o procurador, mesmo se Cunha tivesse sacado o dinheiro pessoalmente, estaria configurada a lavagem, pois o esquema de pagamento consolidado pelo n�cleo financeiro, comandado pelo publicit�rio Marcos Val�rio, impedia a atua��o de �rg�os de fiscaliza��o, como o Banco Central.
Cunha est� preso no Pres�dio da Papuda, no Distrito Federal, e cumpre seis anos e quatro meses em fun��o das condena��es por corrup��o e peculato, penas para as quais n�o cabem mais recursos. Se o recurso na pena de lavagem for rejeitado, a pena de Jo�o Paulo ser� acrescida de mais tr�s anos e ele passar� para o regime fechado, pelo fato de a condena��o ser superior a oito anos de pris�o.
O plen�rio julga novamente a pena de lavagem porque o ex-parlamentar obteve cinco votos pela absolvi��o na fase de fixa��o das penas, em 2012. Os recursos s�o chamados de embargos infringentes.
Janot tamb�m pediu que as condena��es do Jo�o Claudio Genu, ex-assessor do PP, e Breno Fischberg, ex-s�cio da corretora de valores Bonus Banval. Eles foram condenados a penas alternativas, mas pretendem garantir a absolvi��o para n�o cumprir as condena��es.