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Estado de Minas

PT quer evitar desgastes com PMDB

Partido restringe interlocutores para as discuss�es com peemedebistas insatisfeitos


postado em 07/03/2014 00:12 / atualizado em 07/03/2014 07:26

Paulo de Tarso Lyra


Bras�lia – Para tentar ganhar tempo e n�o aumentar ainda mais a crise pol�tica com o PMDB, o PT e o governo definiram os n�veis hier�rquicos de interlocu��o na batalha verbal que vem sendo travada com os peemedebistas nos �ltimos dias. O presidente do PT do Rio de Janeiro, Washington Quaqu�, foi escalado para responder aos ataques proferidos pelo l�der do PMDB na C�mara, Eduardo Cunha (RJ). Na noite de ontem, estava prevista uma reuni�o entre o presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO), e o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Bastante criticado nos �ltimos dias, o presidente nacional do PT, Rui Falc�o, est� sendo blindado por seus pares. Ele disse ontem que n�o vai mais bater boca com Cunha, mas acrescentou que “ele precisa definir se � situa��o ou oposi��o”.

J� a presidente Dilma Rousseff far� a interlocu��o direta com o vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer, que est� de f�rias nos Estados Unidos e s� retorna ao Brasil na semana que vem. A percep��o conjunta � que tanto Dilma quanto o PMDB est�o esticando a corda ao m�ximo – por caracter�sticas pr�prias de cada um dos lados –, mas que, em um determinado momento, as rela��es entre as partes ter�o de ser retomadas. “N�o existe amor nessa rela��o, existe pragmatismo. Por enquanto, o PMDB n�o tem op��es alternativas de poder e ter� de recompor com Dilma”, disse um interlocutor em comum de petistas e peemedebistas.

Um dos petistas mais pr�ximos do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, o deputado Devanir Ribeiro (SP) atribui as queixas de Cunha � dificuldade da presidente Dilma em concluir a reforma ministerial. “Eles podem reclamar que t�m menos espa�o do que queriam, mas o PMDB n�o � base aliada, o PMDB � governo. O Michel Temer foi eleito com a presidente Dilma”, completou Devanir. O petista acha uma bobagem as cr�ticas feitas, inclusive por correligion�rios, de que as coisas eram melhores com Lula do que com Dilma. “Esse � um governo de continuidade, mas n�o � igual. Dilma � diferente de Lula? �. Paci�ncia”, resumiu.

‘CHANTAGISTA’ Ao longo da quinta-feira, o embate entre Cunha e Quaqu� foi intenso. Na quarta, o petista havia sa�do em defesa do presidente nacional do partido, Rui Falc�o. “Temos grande respeito por figuras como o Valdir Raupp e o Michel Temer e achamos que a alian�a com o PMDB � importante para o pa�s. Mas o partido n�o pode ter chantagistas como o Eduardo Cunha, l�der do grupo dos ‘bocudos’, com interesses que n�o s�o dos mais republicanos”, afirmou Quaqu�. Ontem, Cunha respondeu no mesmo tom. “N�o vou perder tempo e baixar o n�vel com um pilantra como esse Quaqu�. Ele n�o � personagem de p�ginas pol�ticas, e sim de p�ginas policiais”, escreveu Cunha em seu perfil em uma rede social.

Raupp defendeu o correligion�rio. “Cunha n�o est� falando demais, como acham os petistas. Ele est� refletindo um descontentamento que existe na bancada, esse � o papel do l�der.” Para o presidente do PMDB, os dois lados t�m de sentar e conversar para evitar o acirramento dos �nimos, mas ele n�o poupou o presidente do PT fluminense. “O Quaqu� tem que se preocupar com os problemas dele. Ele n�o tem cacife moral para ficar falando sobre o PMDB”, rebateu Raupp.


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