A recente troca de farpas entre lideran�as do PT e do PMDB escancarou s�rias diverg�ncias entre o partido da presidente Dilma Rousseff e seu principal aliado no governo federal e p�s integrantes do alto escal�o das duas legendas em alerta para aparar arestas. Mas atritos entre petistas e peemedebistas tamb�m ocorrem em n�veis mais baixos de poder, como em Pouso Alegre, no sul de Minas, onde o prefeito Agnaldo Perugini (PT) e o vice-prefeito M�rio L�cio Mattozo (PMDB) n�o se falam.
O problema entre eles teve in�cio no ano passado, por discord�ncias em rela��o � condu��o da Sa�de, e estourou em novembro, quando Mattozo divulgou carta aberta anunciando o rompimento com Perugini. Agora, sem gabinete para despachar na sede da prefeitura e nem mesmo um telefone funcional, o vice abriu m�o do sal�rio l�quido de R$ 6,1 mil do cargo, que doou para o Hospital das Cl�nicas Samuel Lib�nio, da Funda��o de Ensino Superior do Vale do Sapuca� (FUVS), onde Mattozo trabalha como m�dico cardiologista. "N�o me sinto � vontade recebendo por uma fun��o que n�o estou exercendo", justificou.
A reportagem tentou falar com Perugini, mas ele n�o foi encontrado. Por meio de sua assessoria, a prefeitura negou que tenha havia um rompimento institucional com o PMDB e afirmou que h� apenas uma "discord�ncia pessoal" por "diferen�as no tipo de gest�o" entre o prefeito e o vice, que teria chegado a pedir a substitui��o do secret�rio de Sa�de, o m�dico Lu�s Augusto de Faria Cardoso, que o pr�prio Mattozo indicou. A prefeitura alegou que estava fazendo investimentos em Educa��o e outras �reas e que a Sa�de agora ser� a prioridade. E declarou que ainda � parceira do PMDB na C�mara, na qual h� dois peemedebistas entre os 15 vereadores.