S�o Paulo - O governador de Pernambuco e prov�vel candidato � Presid�ncia da Rep�blica pelo PSB, Eduardo Campos, afirmou nesta segunda-feira que o Brasil vive uma crise de confian�a e que � necess�rio fazer um "amplo debate" para avan�ar no desenvolvimento do Pa�s. "O Brasil n�o pode admitir que se fuja do debate. A presidente da Rep�blica, n�s todos respeitamos ela, mas ela n�o tem direito de fugir do debate, ela tem que vir para o debate", afirmou durante palestra na Associa��o Comercial de S�o Paulo (ACSP), na capital paulista.
"As pessoas olham para Bras�lia e n�o se veem ali, porque as conversas em Bras�lia n�o correspondem com o que h� no mundo real. O muro entre Bras�lia e o mundo real cresceu, e o Brasil foi para as ruas em junho para derrubar esse muro", afirmou. "Essa energia agora precisa ser conduzida para melhorar o Brasil e n�o para piorar o Brasil, e para isso tem que se falar a verdade. H� uma crise pol�tica, uma crise econ�mica, e n�o se resolve a crise escondendo a crise. � preciso di�logo."
O governador disse ainda que o Pa�s n�o pode assistir aos problemas serem "jogados para baixo do tapete" postergados para novembro, ap�s as elei��es presidenciais. "N�s estamos brincando com nosso futuro", afirmou. "H� gente que n�o quer esse debate para melhorar o Brasil."
Campos disse que h� uma s�rie de problemas enfrentados atualmente pelo Brasil que foram gerados "genuinamente" por decis�es do governo Dilma.
Segundo ele, o Brasil vinha crescendo em linha com o mundo e com a Am�rica latina, mas isso deixou de acontecer a partir de 2011. "O mundo foi se organizando na p�s-crise, os blocos foram se adaptando, uns com mais dificuldades e outros com menos", explicou. "Isso encurtou o espa�o do Brasil (no cen�rio internacional), mas n�s erramos em tomar muitas decis�es", disse durante a palestra.
De acordo com o governador, muitas vezes "a forma acabou atrapalhando o conte�do" na tomada de decis�es do governo federal, prejudicando a atra��o de investimentos.
"Para os agentes econ�micos fica a impress�o de que falta um olhar de longo prazo. Para onde estamos indo, o que vamos fazer?", revelou.