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Estado de Minas

Dilma fica sem discurso na Copa do Mundo por decis�o da Fifa

Com medo de vaias, Joseph Blatter anuncia que nem ele nem a presidente v�o falar na abertura do Mundial, quebrando uma tradi��o de tr�s d�cadas


postado em 12/03/2014 06:00 / atualizado em 12/03/2014 08:45

Dilma e Joseph Blatter foram vaiados durante abertura da Copa das Confederações, em Brasília, no ano passado(foto: Ronaldo Oliveira/CB/D.A PRESS - 15/6/13)
Dilma e Joseph Blatter foram vaiados durante abertura da Copa das Confedera��es, em Bras�lia, no ano passado (foto: Ronaldo Oliveira/CB/D.A PRESS - 15/6/13)

Para fugir de poss�veis vaias na abertura da Copa do Mundo,  o mandat�rio da Fifa, o su��o Joseph Blatter, decidiu que nem ele nem a presidente Dilma Rousseff  v�o discursar durante a cerim�nia. A precau��o deve evitar novos constrangimentos, como o ocorrido no ano passado, na Copa das Confedera��es, quando a dupla foi vaiada e impedida de falar ao p�blico. O an�ncio foi feito ontem por Blatter, em entrevista � ag�ncia de not�cias alem� DPA, confirmando o rompimento com a tradi��o de discursos dos chefes de Estado que recebem o Mundial, al�m do pronunciamento de um representante da Fifa.

Caso cumpram a promessa de n�o falar na abertura, ser� a primeira vez em tr�s d�cadas que o protocolo � quebrado. Em 1994, por exemplo, o presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, n�o discursou, mas foi representado por seu vice, Al Gore. Em 2002, na abertura da Copa realizada na Coreia do Sul e no Jap�o, Blatter teve sua fala frustrada por vaias e pediu “fair play”(jogo limpo) � plateia. S� assim conseguiu terminar a exposi��o. Nas duas competi��es seguintes, os eventos transcorreram sem grandes interven��es negativas dos torcedores. Em 2006, na Alemanha, o ent�o presidente Horst Koehler e a primeira-ministra Angela Merkel discursaram. Em 2010, um pequeno incidente na �frica do Sul n�o chamou muito a aten��o. O presidente Jacob Zuma agradeceu � popula��o por receber os convidados de forma calorosa, mas, em seguida, o ex-zagueiro da Sele��o Sul-africana Lucas Radebe acabou vaiado enquanto falava.

O protesto em forma de vaia reapareceu na Copa das Confedera��es do ano passado e coincidiu com uma onda de manifesta��es nas principais cidades do Brasil, onde foram contestados os gastos p�blicos com a organiza��o do Mundial. Em praticamente todos os 16 jogos da competi��o houve protestos no entorno dos est�dios. Em muitas cidades, houve confronto com a pol�cia e quebra-quebra. Na abertura, em Bras�lia, Dilma se limitou a fazer uma sauda��o formal e declarar aberto o evento.

Para evitar que as fortes vaias aconte�am novamente em junho, Blatter confirmou que a cerim�nia ser� realizada de maneira que n�o haja nenhum discurso. Questionado sobre a possibilidade de novos protestos, o su��o disse que n�o � “profeta” para prever o que acontecer� e ressaltou que a situa��o no Brasil hoje � mais calma. "Estou convencido de que os protestos sociais n�o v�o poder utilizar os mesmos argumentos usados na Copa das Confedera��es porque eles n�o s�o v�lidos. Estou convencido de que a situa��o se tranquilizou", concluiu.

A abertura da Copa do Mundo est� marcada para 12 de junho, no Itaquer�o, em S�o Paulo. O evento deve se resumir a shows pirot�cnicos e apresenta��es de artistas antes da primeira partida, entre Brasil e Cro�cia, �s 17h. Dilma n�o se manifestou sobre a entrevista de Blatter. Em visita oficial ao Chile para a posse da presidente Michelle Bachelet, ela esteve na manh� de ontem com atletas brasileiros que disputam os Jogos Sul-Americanos em Santiago.

SEGURAN�A
A secret�ria nacional de Seguran�a P�blica do Minist�rio da Justi�a, Regina Miki, afirmou ontem que a For�a Nacional est� pronta para auxiliar as pol�cias das cidades-sede da Copa do Mundo. Mesmo sem ter recebido pedidos oficiais de ajuda, a tropa federal j� tem um plano de a��o elaborado caso seja acionada. “A For�a Nacional est� apta para atuar em qualquer segmento da seguran�a p�blica, seja nos jogos ou fora deles. Ainda estamos como for�a de conting�ncia, pois n�o temos participa��o requerida por qualquer estado", garantiu. A For�a Nacional tamb�m poder� agir em locais onde as sele��es estejam hospedadas ou em treinamento. Para isso, ela precisa ser requisitada pelos governadores.

Um protocolo tradicional

Saiba como foram as participa��es de pol�ticos nas cerim�nias de abertura das �ltimas Copas do Mundo

» 2010, �frica do Sul

Logo ap�s uma apresenta��o de m�sica e dan�a no Orlando Stadium, em Soweto, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, fez discurso de agradecimento, antecedendo pronunciamento do presidente sul-africano, Jacob Zuma. Blatter agradeceu aos sul-africanos por receberem os convidados de forma calorosa.
Campe�: Espanha

» 2006, Alemanha

Depois de uma bonita festa, com homenagem aos campe�es mundiais, no Allianz Arena, em Munique, o presidente da Alemanha, Horst K�hler, abriu oficialmente o torneio. Ele estava acompanhado de Blatter e do presidente do Comit� Organizador do Mundial, o ex-craque alem�o Franz Beckenbauer.
Campe�: It�lia

» 2002, Coreia do Sul e Jap�o

Depois das vaias que marcaram o discurso de Blatter – acusado de corrup��o e m� administra��o da Fifa –, o ent�o presidente da Coreia do Sul Kim Dae-jung e o primeiro-ministro japon�s da �poca Junichiro Koizumi fizeram discursos em nome da paz. Os dois pa�ses sediaram a Copa juntos. A abertura foi em Seul.
Campe�o: Brasil


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