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Estado de Minas

Ato no Rio relembra 'Grande Com�cio' de Jo�o Goulart

Jango discursou por mais de uma hora, defendendo as chamadas reformas de base que pretendia implementar no Pa�s e o fim dos "privil�gios de uma minoria"


postado em 12/03/2014 19:37 / atualizado em 12/03/2014 20:05

Cartazes espalhados pelo centro do Rio convocam para um "Grande Com�cio" programado para as 15 horas desta quinta-feira,  na Central do Brasil, em comemora��o ao hist�rico discurso realizado h� 50 anos no mesmo local pelo ent�o presidente Jo�o Goulart, pouco mais de duas semanas antes do golpe militar que o derrubou. A estudante de ci�ncia pol�tica da Uni-Rio Tayn� Paolino, de 22 anos, presidente da Uni�o Estadual dos Estudantes do Rio (UEE-RJ), criou uma p�gina no Facebook para divulgar o ato, sob o slogan "Lembrar � resistir!", que tinha 400 confirma��es de presen�a at� a tarde desta quarta-feira, 12. O com�cio de 13 de mar�o de 1964 reuniu cerca de 150 mil pessoas ao redor da esta��o ferrovi�ria.

Jango discursou por mais de uma hora, defendendo as chamadas reformas de base que pretendia implementar no Pa�s e o fim dos "privil�gios de uma minoria". Terminou seu discurso atacando o que classificou de "democracia dos monop�lios nacionais e internacionais" e "for�as poderosas que permaneciam insens�veis � realidade nacional". Tayn� reconhece que a mobiliza��o pela rede social n�o teve o resultado esperado, mas afirma acreditar no sucesso do ato. "O foco das centrais sindicais n�o � a mobiliza��o pela internet, elas usam outras ferramentas", disse a estudante, que � filiada ao PCdoB. Mais de 30 entidades assinam a convoca��o para a manifesta��o desta quinta, entre elas a CUT, a UNE, a OAB e o MST, al�m de partidos como PT, PSOL, PSB, PSTU, PDT, PCB e PCdoB.

"N�o faz sentido refazer o com�cio da Central, � muito datado. Tende a ser um ato nost�lgico. Embora fosse progressista, a agenda de mar�o de 1964, das reformas estruturais, est� superada", avalia o professor titular de Hist�ria Contempor�nea da UFRJ e do Iuperj Francisco Carlos Teixeira da Silva. Para ele, a ditadura e maio de 1968 "modernizaram a esquerda brasileira, que era muito conservadora". "A agenda da esquerda hoje � muito mais avan�ada." Tayn� tem opini�o diferente. "Estamos 50 anos atrasados. As reformas de base, que poderiam fazer o Brasil avan�ar, at� hoje n�o aconteceram. Vamos continuar lutando para que o pobre pague menos e por reformas agr�ria, da educa��o, da sa�de e da m�dia."

Em 1964, entidades financiadas por empres�rios organizaram as chamadas Marchas da Fam�lia, com Deus, pela Liberdade. O objetivo era levantar as classes m�dias contra o que classificavam de "perigo comunista". Pelo Facebook, est�o programadas para 22 de mar�o manifesta��es definidas como um "retorno" dessas marchas. "A� tem outra din�mica, essas marchas s�o diferentes da nostalgia do ato na Central. Por tr�s do discurso anticomunista, a direita colocou uma agenda conservadora que est� na pauta, com temas como uni�o civil de gays, aborto e maioridade penal", avalia Teixeira.


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