(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Grupos de direita e esquerda podem se enfrentar nas ruas no anivers�rio do golpe de 64

No m�s de anivers�rio de 50 anos, grupos que exaltam e contestam o legado do regime militar organizam manifesta��es nas capitais e podem bater de frente na Pra�a da S�, em S�o Paulo


postado em 15/03/2014 06:00 / atualizado em 15/03/2014 07:12

(foto: Reprodução da Internet)
(foto: Reprodu��o da Internet)
No rastro das manifesta��es que tomaram as ruas de todo o pa�s em junho, grupos de direita e esquerda prometem ocupar novamente as vias p�blicas, este m�s, em raz�o do anivers�rio de 50 anos do golpe de 64. Pela primeira vez desde o fim da ditadura, defensores do regime militar prometem sair para defender publicamente o movimento. O epicentro da queda-de-bra�o ser� a cidade de S�o Paulo, onde est� sendo reeditada a Marcha da Fam�lia com Deus pela Liberdade, que aconteceu uma semana antes de o Ex�rcito tomar o poder no pa�s e defendia a queda do ent�o presidente Jo�o Goulart. Agora organizada por entidades civis, entre elas a Organiza��o de Combate a Corrup��o        (OCCAlerta Brasil), a marcha est� marcada para o pr�ximo dia 22, na Pra�a da S�.

No sentido contr�rio, a entidade Antifacista (Antifa), que atua em v�rios pa�ses, promete ocupar o mesmo espa�o, Pra�a da S�, com o slogan “ditadura nunca mais”, tamb�m no dia 22. Inicialmente, a manifesta��o iria acontecer no dia 1º de abril, mas a data foi alterada com a convoca��o para a marcha. O Antifa diz em sua p�gina nas redes sociais que mant�m o anominato de seus integrantes, mas esclarece ser um grupo de combate a qualquer tipo de facismo, lutando contra racismo, homofobia, vandalismos, entre outras bandeiras. Em Belo Horizonte, o grupo fez manifesta��es contr�rias �s a��es do Black Bloc, durante as manifesta��es na Copa das Confedera��es, no ano passado. O encontro entre os defensores do golpe e os antifa tende a acontecer tamb�m em Curitiba e no Rio de Janeiro.

Nome  Belo Horizonte tamb�m n�o vai ficar de fora do mapa dos protestos contra o golpe. No dia 1º de abril, a Frente Independente pela Mem�ria e Justi�a de Minas est� convocando a popula��o para ocupar o Elevado Castelo Branco, que liga a Regi�o Central da Capital � Avenida Pedro II, em tributo aos mortos e desaparecidos do regime militar. O viaduto est� sem nome desde que a C�mara Municipal aprovou projeto para retirada da homenagem a Castelo Branco, primeiro presidente da ditadura militar, mas a Casa ainda n�o apreciou o projeto para dar o nome em homenagem � militante dos Direitos Humanos e ex-vereadora da capital, Helena Greco. De acordo com sua filha, Helo�sa Greco, durante a manifesta��o, o elevado receber� uma faixa com o nome de sua m�e, conforme o desejo da popula��o.

De acordo com a OCCAlerta Brasil, que apoia com a divulga��o da marcha da fam�lia, esta manifesta��o � em rep�dio � “ditadura prolet�ria do PT”, respons�vel pela “farsa do julgamento do mensal�o, as obras superfaturadas da Copa, a m� gest�o da coisa p�blica, morte de milhares de compatriotas nas filas dos hospitais, falta de medicamentos, impostos mais caros do mundo, arrecada��o recorde, aumento da roubalheira e institucionaliza��o da corrup��o e da impunidade.” Defendem ainda, segundo a organiza��o, o impeachment da presidente Dilma. Em julho, a entidade foi respons�vel pela mesma marcha que aconteceu em S�o Paulo e Rio e reuniu pouco mais de 100 pessoas em frente ao Museu de Arte Moderna (Masp).

Militares
  Pouco afeitos � manifesta��o p�blicas, militares come�am a deixar a caserna para dar apoio ao golpe. Na revista Sociedade militar, o general de Brigada Paulo Chagas se manifestou a favor da Marcha da Fam�lia. “Os militares em reserva se t�m somados aos civis que enxergam em uma atitude das For�as Armadas a t�bua da salva��o para a P�tria amea�ada, quando n�o s�o eles pr�prios os alvos do clamor daqueles que j� identificam nas imagens dram�ticas da capital venezuelana a cor f�nebre do nosso destino”, escreveu. Por sua vez, o general de Ex�rcito na reserva R�mulo Bini Pereira, depois de assinar editorial em jornal impresso em defesa do golpe de 64, convocou os que pensam como ele a se manifestarem no dia 31 de mar�o, de forma simb�lica, “com uma ruidosa sauda��o advinda de salva de foguetes, em hora e data marcadas”, a partir das 20h. E fez uma advert�ncia: “N�o usem armas”.saiba mais

MARCHA DE 64

A Marcha da Fam�lia com Deus pela Liberdade � um nome comum a uma s�rie de eventos ocorridos em mar�o de 1964 em resposta � considerada “amea�a comunista” do com�cio do presidente Jo�o Goulart no dia 13 de mar�o daquele ano. Neste ato, o presidente prometeu reformas de base, que eram uma s�rie de mudan�as administrativas, jur�dicas, econ�micas e agr�rias, que feriam os interesses das classes m�dia e alta, j� que haveria distribui��o de bens e terras. V�rios grupos sociais, o clero, as fam�lias e os setores pol�ticos mais conservadores se organizaram em marchas, levando �s ruas mais de 1 milh�o de pessoas, no intuito de derrubar o presidente Jo�o Goulart do governo. A primeira aconteceu no dia 19 de mar�o, dia dedicado a S�o Jos�, padroeiro das fam�lias, em S�o Paulo, com uma participa��o de 500 mil pessoas, organizada pela Campanha da Mulher pela Democracia (Camde), da Uni�o C�vica Feminina, da Fraterna Amizade Urbana e Rural, entre outros grupos. Na ocasi�o, foi distribu�do o “Manifesto ao povo do Brasil” pedindo o afastamento do presidente Jo�o Goulart.

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)