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Estado de Minas

Embate pode criar 'anticabos eleitorais', diz Cunha


postado em 15/03/2014 08:37 / atualizado em 15/03/2014 09:39

Piv� do tensionamento entre o Pal�cio do Planalto e a base aliada no Congresso, o l�der do PMDB na C�mara, Eduardo Cunha (RJ), acredita que o tema do aborto volte a surgir na campanha presidencial. O peemedebista diz ter ajudado a ent�o candidata Dilma Rousseff, em 2010, a enfrentar a resist�ncia dos evang�licos � petista, tida como favor�vel � interrup��o da gravidez indesejada.

Quatro anos depois, por�m, Cunha afirma se sentir "injusti�ado" e "demonizado" pela crise do governo com os parlamentares. "Temo que toda essa situa��o de embate esteja produzindo os 'anticabos' eleitorais, que n�o jogam a favor, mas contra."

Em 2010, Dilma divulgou uma carta com compromissos a favor da vida e contra o aborto...
Fui eu quem pediu para ela fazer essa carta.
Por que isso foi necess�rio?


Houve um evento reunindo v�rias lideran�as e a Dilma tamb�m foi. Nesta reuni�o, a pedido do (hoje ministro) Gilberto Carvalho, levantei a quest�o de que n�o adiantava apenas fazer discurso, pois havia um descr�dito grande junto �s igrejas com a posi��o dela e seria necess�rio firmar um documento. Isso daria credibilidade. Foi a� que surgiu o documento.

O deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) acabou tido como mentor de Dilma no epis�dio.

Chalita fez a defesa na Igreja Cat�lica, tinha glamour porque estava na televis�o, mas no meio evang�lico quem fez a defesa de Dilma fui eu. Por minha interven��o, ela assinou a carta (divulgada 15 dias antes do segundo turno, na qual a petista afirmava ser pessoalmente contra o aborto e se comprometia a n�o alterar a legisla��o sobre o assunto).

Como o sr. se sente neste embate com o governo?

Eu a ajudei na campanha e ajudei muito o seu governo. Como l�der, fui para embates a favor de Dilma em vota��es, a ponto de, no coquetel de Natal que ela ofereceu no Alvorada, ela reconhecer e agradecer minha ajuda. Depois, sou agredido pelo presidente do PT (Rui Falc�o), a� eu reajo e sou demonizado.

O que o transformou de aliado de peso do governo em algu�m que deve ser isolado?

A pergunta que todos me fazem � a mesma. N�o sei, talvez eles quisessem fazer uma contenda pol�tica e eu fui o escolhido.

O sr. se sentiu injusti�ado?

Sim, mas estamos habituados a isso. Pol�tica � isso mesmo, uma s�rie de injusti�as. Mas tem que saber dar a volta por cima. Vou agir e reagir em fun��o dos fatos.

O sr. acredita que a pol�mica do aborto voltar� neste ano?

Essa pol�mica do aborto dever� estar presente e isso poder� ser explorado novamente nesta campanha. Dilma n�o descumpriu a palavra dela, pois n�o prop�s o projeto (que permite a distribui��o da p�lula do dia seguinte pelo SUS para v�timas de estupro, sancionado em agosto pela presidente). Se ela se mantiver no compromisso, n�o tenho dificuldade em dizer que ela cumpriu seu compromisso. Contudo, ela poderia n�o ter sancionado este projeto. Ficou uma pol�mica presente (com a san��o do texto na �ntegra, sem as altera��es defendidas pela bancada evang�lica), e isso pode ser explorado nesta campanha. N�o tenho d�vidas de que pode.

Mas o sr. pretende defend�-la novamente entre o eleitorado evang�lico, se for preciso?

Eu sou um homem fiel ao meu partido, tenho a fidelidade como princ�pio. Mas � claro que empenho e dedica��o v�o muito em fun��o da sua motiva��o pelo outro, com base nas causas que defende. Temo que toda essa situa��o de embate esteja produzindo os 'anticabos' eleitorais, que n�o jogam a favor, mas contra, numa campanha negativa.


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