O prov�vel candidato do PSDB � Presid�ncia, senador A�cio Neves, afirmou na manh� desta quarta-feira, 19, que as explica��es dadas pela presidente Dilma Rousseff para a opera��o de compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), em 2006, "s�o pouco convincentes" e que � preciso "investigar a fundo". Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo revelou que Dilma votou a favor da transa��o com base em um resumo feito pelo ex-diretor internacional da Petrobras, Nestor Cerver�.
"As explica��es s�o pouco convincentes e � preciso que essa quest�o seja investigada a fundo", disse o tucano, que classificou o caso de "extremamente grave". Ele afirmou que vai fazer na tarde desta quarta um pronunciamento da tribuna do Senado com medidas a serem tomadas pela oposi��o. Para A�cio, a revela��o mostra a "irresponsabilidade" das decis�es da Petrobras, que, segundo ele, perdeu mais da metade do seu valor patrimonial nos �ltimos anos. Ele disse que a quest�o � "ainda mais grave" por envolver Dilma.
O l�der do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), afirmou na tarde desta quarta que a revela��o do voto de Dilma � mais um elemento que desconstr�i a imagem de "grande gerente" da presidente. Ele lembrou que o partido j� apresentou representa��es para que o Minist�rio P�blico investigasse a opera��o.
O l�der do PT no Senado, Humberto Costa (PE), saiu em defesa de Dilma ao dizer que n�o h�, at� o momento, uma "conclus�o" de que a venda da refinaria tenha sido lesiva para a estatal. "N�o h� uma conclus�o de que tenha sido um ato lesivo � Petrobras", afirmou. "N�o h� nenhum tipo de comprova��o de que tenha algum tipo de irregularidade".
O petista disse n�o haver qualquer possibilidade de a presidente ter conhecimento de uma suposta irregularidade na opera��o. "N�o h� hip�tese de ela ter coonestado com qualquer coisa de irregularidade, se houver irregularidade", frisou. Ele disse que a base n�o vai se opor a uma eventual vinda de dirigentes da estatal para explicar a opera��o. "Se for preciso vir algu�m, quem quer que seja, n�o ser� problema algum", disse, ao lembrar que no ano passado o ex-presidente da estatal S�rgio Gabrielli foi ao Senado explicar a opera��o.
Para o l�der do PT, a oposi��o, sem "outra bandeira" para fazer o debate com o governo, elegeu o sistema el�trico e as quest�es relativas � Petrobras para fustigar o Executivo. A senadora e ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann (PT-PR) concordou com o colega de bancada. "Lamento que a oposi��o queira se utilizar desses expedientes para desgastar a presidenta. Na realidade est� fazendo entregas importantes ao povo brasileiro e ela vai ser avaliada a respeito disso, como boa gestora", afirmou.
Com Ag�ncia Estado