Para ouvir detalhes sobre a Medida Provis�ria (MP) 627, e suas consequ�ncias para a contabilidade das empresas, l�deres e parlamentares da base aliada do governo encontram-se reunidos, na manh� deta quinta-feira, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. O relator da MP 627, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) n�o compareceu ao encontro, que ocorre no Minist�rio da Fazenda. Outros parlamentares do PMDB tamb�m estavam ausentes.
“A MP est� prestes a ser votada na comiss�o especial. Quem est� na comiss�o acompanha e entende. Mas a grande maioria dos parlamentares, n�o. Exceto os que acompanham e est�o atentos aos termos espec�ficos, e acompanham [os temas ligados � contabilidade empresarial]. Mas a MP 627 � complexa e [implica] consequ�ncia v�rias. A inten��o �, juntamente com o ministro Mantega, e equipe, [criar condi��es para que haja um] esclarecimento. Vamos ver se [isso] � suficiente”, disse Chinaglia.
O deputado acredita que, mesmo com o prazo apertado e com as dificuldades de reunir t�cnicos do governo e parlamentares, � poss�vel votar a MP “com tranquilidade”.
Para Chinaglia, � poss�vel construir “uma s�lida maioria em torno do texto” se houver compreens�o do que ser� votado. O deputado observou que, para a aprova��o da mat�ria, o tempo pouco importa: n�o h� diverg�ncia, o que h� � necessidade de que o assunto seja amplamente esclarecido. Chinaglia admitiu por�m que a aprova��o de um novo padr�o cont�bil � assunto dif�cil “para quem n�o � do ramo”.
O parlamentar disse tamb�m que, em outra frente, o governo tem procurado o setor empresarial para negociar a mat�ria. Na avalia��o dele, de maneira geral os empres�rios s�o favor�veis, mas sempre procuram o Congresso Nacional para negociar poss�veis benef�cios. Ao buscar obter vantagens, conforme acrescentou Chinaglia, os empres�rios �s vezes utilizam tamb�m uma estrat�gia de criticar o governo.
“Temos que evitar esse tensionamento porque o governo tem de tomar a decis�o de em algum momento e encaminhar o assunto no Congresso. Todas essas reuni�es s�o preparat�rias porque s�o temas robustos para a sa�de das finan�as p�blicas do pa�s”, disse.