Rio - Os advogados do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa est�o tentando impedir sua transfer�ncia para Curitiba (PR). Segundo Fernando Fernandes, advogado de Costa, o ex-diretor est� preso na sede da Pol�cia Federal (PF) no Rio, mas o �rg�o decidiu transferi-lo porque o inqu�rito da Opera��o Lava Jato corre na Superintend�ncia do Paran�. A opera��o investiga organiza��es criminosas que atuam na lavagem de dinheiro e poderiam ter movimentado R$ 10 bilh�es.
Costa est� em pris�o tempor�ria de cinco dias. Os advogados deram entrada com um pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª Regi�o, no Rio Grande do Sul, que tamb�m responde pelo Paran�.Segundo Fernandes, a transfer�ncia � uma decis�o administrativa. Por isso, a peti��o foi encaminhada ao delegado da PF no Rio.
A Opera��o Lava Jato foi deflagrada segunda-feira. Fernandes informou que Costa prestou um primeiro depoimento nesse dia, ainda sem orienta��o de advogados. Na quinta-feira, ele foi preso, por suspeitas, segundo a PF, de "tentativa de destrui��o e inutiliza��o de documentos que poderiam servir de prova nas investiga��es" da opera��o.
Costa nega as acusa��es. De acordo com Fernandes, no segundo depoimento, prestado na pr�pria quinta-feira na sede da PF no Rio, o ex-diretor disse que sua filha foi ao escrit�rio da consultoria Costa Global, na segunda-feira, ap�s a os policiais cumprirem mandados de busca e apreens�o, para buscar documentos pessoais seus. O escrit�rio da filha de Costa estaria em obras e, por isso, ela deixara documentos com o pai."Seria imposs�vel haver tentativa de destrui��o de documentos porque ele n�o fez contato com ningu�m", disse Fernandes.
Costa era diretor da Petrobras quando a opera��o de compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), foi aprovada. O neg�cio foi prejudicial para a estatal, como revelou o Estado em julho de 2012. Na quarta-feira, o Estado revelou que a presidente Dilma Rousseff participou da decis�o, como presidente do Conselho de Administra��o - a presidente alegou que o conselho tomou a decis�o com base em relat�rio "falho" preparado pela diretoria.