Bras�lia, 24 - O presidente do DEM, senador Jos� Agripino (RN), defendeu nesta segunda-feira que uma poss�vel Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) para investigar as suspeitas de irregularidades na Petrobras ocorra antes das elei��es de outubro. "Temos que produzir constata��es r�pidas. A sociedade est� cobrando respostas", respondeu o senador ao ser questionado sobre a pressa em instalar a CPI.
Amanh� (25), deputados e senadores se re�nem para definir a estrat�gia a ser adotada frente �s den�ncias. A instala��o de uma CPI � uma das hip�teses cogitadas. Ontem, essa possibilidade ganhou f�lego, ap�s o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) ter mudado de ideia e defender que as investiga��es ocorram por meio de uma Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito. Ainda falta, contudo, definir o formato - se ela ser� mista, com as duas Casa, apenas no Senado, ou somente na C�mara. "A CPI � a �nica forma r�pida de averigua��o de den�ncias, capaz de quebrar sigilos, convocar autoridades para depoimentos e dar o retorno que a sociedade quer", ressaltou o presidente do DEM.
A CPI tem um prazo de 90 dias para finalizar as investiga��es as quais se prop�e, prorrog�veis por mais 90 dias. Assim, para que as averigua��es sobre a compra pela Petrobras de uma refinaria em Pasadena, Texas, com aval da presidente Dilma Rousseff, sejam finalizadas antes das elei��es, os parlamentares ter�o que correr para conseguir cumprir as normas regimentais at� abril.
Para instalar a CPI, s�o necess�rias assinaturas de 27 senadores e 171 deputados. Al�m disso, como h� 12 pedidos de abertura de CPI por deputados, para que as investiga��es sobre a Petrobras vinguem ainda ser� necess�rio aprovar um requerimento para pass�-la na frente.
Na semana passada, o jornal
O Estado de S. Paulo
publicou material mostrando que documentos at� ent�o in�ditos revelavam que a presidente Dilma votou em 2006 favoravelmente � compra de 50% da pol�mica refinaria de Pasadena. A petista era ministra da Casa Civil e comandava o Conselho de Administra��o da Petrobras. Na ter�a-feira, 19, ao justificar a decis�o ao jornal, ela disse que s� apoiou a medida porque recebeu "informa��es incompletas" de um parecer "t�cnica e juridicamente falho". Foi sua primeira manifesta��o p�blica sobre o tema.