Gra�a e Lob�o ir�o ao Senado para esvaziar pedido de CPI da Petrobras

Numa tentativa de esvaziar o pedido da oposi��o de criar uma CPI da Petrobras �s v�speras das elei��es, a presidente da estatal, Maria das Gra�as Foster, e o ministro de Minas e Energia, Edison Lob�o, acertaram com l�deres da base aliada do Senado que v�o participar de audi�ncias p�blicas em comiss�es da Casa. Gra�a Foster vai comparecer no dia 8 de abril e, uma semana depois, ser� a vez de Edison Lob�o.

O acordo foi revelado nesta quarta-feira, pelo l�der do PT no Senado, Humberto Costa (PE). At� o momento, os dois v�o comparecer na Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE), mas � poss�vel que os encontros se transformem numa sess�o conjunta com a Comiss�o de Fiscaliza��o e Controle (CFC) do Senado. S� falta a confirma��o da agenda do presidente do �ltimo colegiado, Eduardo Amorim (PSC), que pode ocorrer em breve.

Para Humberto Costa, o acerto da vinda de Gra�a e Lob�o � uma "clara demonstra��o" que o governo est� interessado em dar as explica��es dos fatos que envolvem a estatal petrol�fera. A CPI ganhou for�a depois que a imprensa revelou, na semana passada, que a presidente Dilma Rousseff (PT), quando presidia o Conselho de Administra��o da Petrobras, votou a favor da compra de parte da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), com base em um resumo juridicamente "falho". Dois anos atr�s, a estatal concluiu a compra da refinaria e pagou ao todo US$ 1,18 bilh�o por Pasadena, que, sete anos antes, havia sido negociada por US$ 42,5 milh�es � ex-s�cia belga.

"N�o abriremos espa�o para paralisar os trabalhos do Congresso e montarmos um palco para alguns que querem aparecer", afirmou Humberto Costa, em discurso da tribuna do Senado, para quem a a��o da oposi��o � "eminentemente" eleitoral.

O l�der petista criticou tamb�m a representa��o apresentada � Procuradoria Geral da Rep�blica contra Dilma nesta ter�a-feira, 25, por um grupo de parlamentares independentes por conta do voto em Pasadena. Ele lembrou que a decis�o da estatal foi colegiada, com a participa��o, por exemplo, do empres�rio Jorge Gerdau. "Eu gostaria de ver essa mesma ousadia tamb�m em rela��o aos demais outros membros do conselho", afirmou a senadora e ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffman (PT), em aparte ao colega de partido.

Humberto Costa disse que a bancada do PT no Senado fechou quest�o contrariamente ao pedido de CPI. At� o momento, a oposi��o j� recolheu na Casa 22 assinaturas em favor da investiga��o parlamentar. Assinaram nesta quarta o l�der do PSDB na Casa, Aloysio Nunes Ferreira (SP), Paulo Bauer (PSDB-SC), e a senadora Maria do Carmo (DEM-SE). O m�nimo necess�rio � 27 nomes, embora a oposi��o queira, primeiro, apresentar uma CPI mista, composta por deputados e senadores.

O l�der petista pediu aos colegas de outros partidos que resistam � press�o de assinar a CPI. Segundo ele, o governo est� dando as explica��es necess�rias. "Tentam lhes pressionar sob o argumento de que (os senadores) estariam sendo coniventes com a impunidade", criticou.

Com Ag�ncia Estado