
A ideia � apresentar o requerimento para uma CPI ampliada j� na ter�a-feira, quando Renan deve ler a proposta de investiga��o da Petrobras, com 29 assinaturas, protocolada pela oposi��o na quinta-feira. Com isso, os governistas acreditam que v�o pressionar a oposi��o a “sair da toca”. “Tem muita gente valente nestas duas �ltimas semanas. Veremos o tamanho dessa valentia agora”, afirmou um senador da base aliada. Antes mesmo da posse como ministro da articula��o pol�tica, prevista para segunda-feira, o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) tem articulado intensamente para que a C�mara tamb�m apoie a proposta. “Vamos conversar com a bancada. Mas eu acho ruim voc� abrir demais a investiga��o sem ter um foco. Isso desmoraliza o Congresso”, protestou o l�der do PR na Casa, deputado Bernardo Santana (MG).
O l�der do PMDB na C�mara, Eduardo Cunha (RJ), tamb�m � reticente, embora reconhe�a que se render� � decis�o dos deputados do partido. “Se abrir para a Cemig, daqui a pouco v�o querer investigar Eletrobras e outras empresas do setor el�trico. CPI sempre � uma dor de cabe�a”, disse. O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), afirma que ainda h� muita especula��o sobre a proposta. Mas n�o se mostra contr�rio � amplia��o das investiga��es.
O governador de Pernambuco e pr�-candidato do PSB ao Planalto em outubro, Eduardo Campos, criticou a estrat�gia governista. “N�o podemos de forma nenhuma admitir uma atitude, que cheira at� a infantilidade, de tentar fazer um processo de defesa que parece quase uma confiss�o de culpa”, disse ele. O pr�-candidato do PSDB ao Planalto, senador A�cio Neves (MG), fez coro a Eduardo Campos: “Essa tentativa de desviar o foco das investiga��es da CPI da Petrobras beira o rid�culo. Isso significa uma clara confiss�o de culpa”. O senador tucano lembra que a crise envolvendo a Petrobras desmonta qualquer estrat�gia. “N�o h� uma lideran�a sequer do governo que hoje defenda as atitudes da ent�o presidente do Conselho da Petrobras e hoje presidente da Rep�blica (Dilma Rousseff).” O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso declarou que a t�tica governista � eleitoreira.