S�o Paulo, 30 - A imin�ncia da abertura de uma Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) para investigar irregularidades na Petrobr�s levou o Pal�cio do Planalto e o comando da campanha � reelei��o da presidente Dilma Rousseff a come�ar um processo de reaproxima��o com o PMDB, ap�s semanas de uma intensa disputa pol�tica com o principal aliado. O objetivo � consolidar apoios no Congresso Nacional que ajudem a blindar Dilma durante a investiga��o. Em troca, o PT cede espa�os na elabora��o dos palanques regionais.
O primeiro caso a ser revisto foi justamente onde as negocia��es estavam mais complicadas: Cear�. No Estado, a crise na Petrobr�s p�s fim � disputa de meses entre os irm�os Cid e Ciro Gomes e o senador Eun�cio Oliveira (PMDB), que reivindicava o direito de disputar o governo. Eun�cio, que chegou a ser convidado para assumir o Minist�rio da Integra��o Nacional para abrir caminho para os irm�os Gomes, rejeitou a oferta feita por Dilma e afirmou que s� aceitaria a candidatura ao governo. Passou, desde ent�o, a frequentar todas as reuni�es de grupos dissidentes. Mas os problemas na estatal aceleraram a solu��o. Com o aval da presidente, ele ser� o candidato da base.
A crise na Petrobras tamb�m dever� empurrar o PT do Maranh�o para uma alian�a com o senador Jos� Sarney (PMDB-AP) e com a governadora Roseana Sarney (PMDB). Na Para�ba, a ordem � levar o PT para o PMDB do senador Vital do R�go. Dilma decidiu que o PT dever� apoiar o candidato Veneziano do R�go, irm�o dele, ao governo. A CPI da Petrobr�s dever� mudar tamb�m o quadro pol�tico em Goi�s. O PT havia decidido que s� se aliaria ao PMDB se o candidato fosse o ex-governador Iris Rezende. Mas o partido passa por uma disputa interna, com favoritismo de Jos� Batista J�nior, o J�nior da Friboi. H�, nesse instante, uma press�o interna do PT para que o partido desista de lan�ar a candidatura do prefeito de An�polis, Antonio Gomide, e apoie o nome do PMDB, mesmo que seja J�nior da Friboi.
Com essa estrat�gia das concess�es nos Estados, o governo pretende reduzir os danos pol�ticos que a CPI dever� causar. O mais certo deles � que Dilma vai atravessar sua campanha presidencial precisando administrar as den�ncias contra a Petrobras e as revela��es que as investiga��es forem produzindo. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.