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Estado de Minas

Jornal diz que Jo�o Figueiredo sabia sobre o Riocentro


postado em 30/03/2014 19:07

Rio, 30 - O ex-presidente da Rep�blica, general Jo�o Figueiredo, tinha conhecimento dos planos do Destacamento de Opera��es de Informa��es (DOI), �rg�o de repress�o da Ditadura Militar, para a realiza��o de um atentado contra o Riocentro, em 1981. De acordo com documentos do Inqu�rito Policial Militar (IPM) sobre o caso, Figueiredo havia sido alertado pelo menos um m�s antes pelo Servi�o Nacional de Informa��o (SNI). A informa��o foi revelada neste domingo, 30, pelo jornal O Globo.

O atentado foi feito por dois militares do DOI na noite do dia 30 de abril. A cantora Elba Ramalho se apresentava para uma multid�o que participava do evento comemorativo ao Dia do Trabalho, quando uma bomba explodiu no carro onde estavam os militares. O sargento Guilherme Ros�rio morreu no local e seu parceiro, o capit�o Wilson Chaves Machado, ficou ferido, mas sobreviveu. Segundo o jornal O Globo, o chefe do SNI, Ot�vio Medeiros, prestou dois depoimentos sobre o caso. O primeiro em 1999 e o segundo, em 2000, durante uma acarea��o com o general Newton Cruz, que � �poca do atentado era chefe da Ag�ncia Central do SNI. Os documentos est�o arquivados no Superior Tribunal Militar, em Bras�lia, e eram considerados sigilosos.

No primeiro depoimento, Medeiros declara que "de um m�s e meio a um m�s antes de 30 de abril" foi informado por Newton "de uma opera��o que seria realizada por dois elementos do DOI no Riocentro". Segundo o general, os dois tinham sido "dissuadidos" e por isso, ele n�o teria avisado �s autoridades.

Na segunda vers�o, o general reafirmou o per�odo em que fora informado e acrescentou que "transmitiu esse conhecimento ao presidente e ao general Venturini (chefe do Gabinete Militar)". A acarea��o aconteceu em fun��o de diverg�ncias com o depoimento do general Newton Cruz.

Na �poca, Cruz acusou o colega de mentir sobre o assunto. Ele afirmou que s� soube do atentado cerca de uma hora antes da sua realiza��o. Segundo ele, os militares envolvidos no plano eram dissidentes do DOI e tinham sido convencidos por um coronel a colocar a bomba em local afastado. "Eles n�o estavam l� para matar ningu�m", disse Cruz.

A discuss�o foi testemunhada pelo general S�rgio Ernesto Alves Conforto, pelo procurador Cezar Lu�z Rangel Coutinho, o coronel Valter Carvalho Sim�es Jr, e os tenentes-coron�is Jos� Roberto Rousselet de Alencar e Jos� Carlos Cardoso.

Segundo os documentos, o plano dos militares teria sido elaborado um ano antes do show. A ideia era provocar um 'apag�o' durante o show. Al�m da bomba no carro, outro artefato explodiu na porta da central de energia do pavilh�o de eventos. O objetivo era provocar tumulto e p�nico dentro do pavilh�o, e tamb�m na sa�da.


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