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Estado de Minas

Golpe n�o pode ser esquecido em mem�ria �s v�timas do regime militar, diz Dilma

"O dia de hoje exige que lembremos e contemos o que aconteceu. Devemos aos que morreram e desaparecerem, devemos aos torturados e aos perseguidos, devemos �s suas fam�lias. Devemos a todos os brasileiros", disse a presidente


postado em 31/03/2014 13:45 / atualizado em 31/03/2014 15:00

(foto: Arquivo/EM/D.A Press )
(foto: Arquivo/EM/D.A Press )

A presidente Dilma Rousseff lembrou nesta segunda-feira os 50 anos do golpe militar que deu in�cio � ditadura no Brasil, em 1964, e disse que as atrocidades cometidas no per�odo n�o podem ser esquecidas, em mem�ria dos homens e mulheres que foram mortos ou desapareceram enquanto lutavam pela democracia.

“O dia de hoje exige que lembremos e contemos o que aconteceu. Devemos aos que morreram e desaparecerem, devemos aos torturados e aos perseguidos, devemos �s suas fam�lias. Devemos a todos os brasileiros”, disse a presidente em discurso no Pal�cio do Planalto, durante a assinatura de contrato para constru��o da segunda ponte sobre o Rio Gua�ba.

“Toda dor humana pode ser suportada se sobre ela puder ser contada uma hist�ria. A dor que n�s sofremos, as cicatrizes vis�veis e invis�veis que ficaram nesses anos podem ser suportadas e superadas porque hoje temos uma democracia s�lida e podemos contar nossa hist�ria”, disse a presidente, ao citar a fil�sofa alem� Hannah Arendt.

Dilma disse que lembrar e contar o que aconteceu �s novas gera��es � parte do processo iniciado pelos brasileiros que lutaram pelas liberdades democr�ticas, pela Anistia, pela Constituinte, por elei��es diretas e, mais recentemente, pela cria��o da Comiss�o Nacional da Verdade.

“Cinquenta anos atr�s, na noite de hoje, o Brasil deixou de ser pa�s de institui��es ativas, independentes e democr�ticas. Por 21 anos, mais de duas d�cadas, nossas institui��es, nossa liberdade, nossos sonhos, foram calados”, lembrou. “Hoje podemos olhar para esse per�odo e aprender com ele, porque o ultrapassamos. O esfor�o de cada um de n�s, de todas as lideran�as do passado, daqueles que viveram e daqueles que morreram fizeram com que n�s ultrapass�ssemos essa �poca”, acrescentou.

Com a luta pela redemocratiza��o, segundo Dilma, os brasileiros aprenderam a valorizar a liberdade de express�o, a independ�ncia dos poderes legislativo e judici�rio e o direito ao voto. “Aprendemos o valor de eleger por voto direto e secreto, de todos os brasileiros, governadores, prefeitos. De eleger, por exemplo, um ex-exilado, um l�der sindical que foi preso v�rias vezes e uma mulher que tamb�m foi prisioneira”, disse.

Segundo Dilma, a restaura��o da democracia brasileira foi um processo constru�do pelos governos eleitos ap�s a ditadura e resultado da luta dos que morreram enquanto enfrentavam “a trucul�ncia ilegal” do estado, junto aos que trabalharam por pactos e acordos nacionais, como os que levaram � Constitui��o de 1988.

Ainda durante o discurso, a presidenta citou frase dita por ela durante a instala��o da Comiss�o Nacional da Verdade, em 2012. “Como eu disse aqui nesse pal�cio quando instalamos a Comiss�o da Verdade: se existem filhos sem pais, se existem pais sem t�mulos, se existem t�mulos sem corpos, nunca, nunca, mas nunca mesmo pode existir uma hist�ria sem voz. E quem d� voz s�o os homens e mulheres livres que n�o tem medo de escrev�-la”.

 Com Ag�ncia Brasil


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